Todos os fundos comunitários são realmente importantes para alavancar a economia na zona euro, não é só em Portugal, mas foco-me agora no nosso País onde os empresários vivem hoje dias de angústia à espera de um qualquer apoio de uma candidatura. Depois da mesma verificada, depois de selecionada e depois de avaliada e classificada, só então estão habilitados para continuarem à espera mais uns meses ou mesmo anos para que o dinheiro a que têm direito chegue aos cofres da sua empresa.
Com esta situação é muito difícil continuar a levantar o grande Esplendor de Portugal! As verbas do Portugal 2020 ainda não estão esgotadas, o que vai acontecer às mesmas?
Houve em tempos medidas que se destacaram muito pela positiva e, sim, conseguiram cumprir os objetivos para que foram criadas. Falo por exemplo do “+CO3SO”, uma medida de criação de postos de trabalho que fica na história pela positiva. Parabéns! Mas, nunca mais se ouviu falar, depressa foi abandonada e não reforçada! Um erro!
Portugal necessita de reformar rapidamente os prazos, métodos, processos de avaliação e financiamento das candidaturas para as PME, sob pena de muitas, depois do verão, infelizmente já não abrirem ou entrarem em lay-off.
É imperioso apoiar o tecido empresarial, porque não podemos esquecer que são as empresas que mais contribuem para o sistema da segurança social. Basta recordar que as empresas descontam cerca de 33% e o trabalhador cerca de 11%. Sem o tecido empresarial não há emprego e os(as) portugueses(as) não querem ser subsídio dependentes, como às vezes nos querem fazer querer!
Os Portugueses querem ser inovadores, quer no continente, quer nas ilhas, ou em qualquer parte do mundo. É assim que são reconhecidos e também é assim que as nossas empresas o são!
O PRR foi e é uma miragem a avaliar pelos relatórios de execução, está muito aquém do esperado e necessitado pelas empresas.
As taxas de juro estão a aumentar!
A inflação a subir para níveis que vão ficar na história!
A “montanha russa” do preço dos combustíveis, não para!
Agora vêm aí o que já esperávamos, a subida da Euribor a 6 meses, porque a de 12 meses já positivou em 0,524%. Se fizermos um pequeno exercício: um empréstimo a 30 anos, indexado com a Euribor a 6 meses, no montante de 150.000 euros, com um spread de 1%, vai aumentar em cerca de 200 euros/mês.
Mas, permanece a “mistério” face ao aumento da taxa de juro diretora do BCE, já em julho, o que vai mexer ainda mais com os mercados monetários e atrasar a amortização do capital financiado, isto é as famílias que têm empréstimos vão ver ainda mais alta a prestação mensal do seu empréstimo.
A crise sem precedentes está aí ou sempre aqui esteve e foi camuflada?!