Nas últimas semanas, os jornais noticiaram o «adiamento» do caso judicial da Família Mesquita Guimarães.

Segundo a imprensa, o Ministério Público (MP) quer que os dois alunos que não frequentaram a disciplina de Cidadania e Desenvolvimento, por opção paterna, fiquem à guarda da escola «durante o período escolar». Porém, e como agora estamos em período de férias escolares, optaram por deixar, por agora, as crianças «sossegadas». A partir de Setembro, tudo voltará ao «normal» e continuará a «pressão» (para não lhe chamar bullying) em cima dos rapazes e da família. O MP diz querer «defender» as crianças da opressão da família. Mas será que a intenção do MP é proteger os filhos dos pais? Ou, afinal, colocar os filhos contra os pais?

Na ex-URSS, como sabemos, isto era prática comum. Num Estado dito democrático, é inédito. Nem o Estado Novo, de Oliveira Salazar, se atrevia a chumbar os alunos dos pais que impediam os seus filhos de frequentar as sessões da Mocidade Portuguesa. Além do mais, nos anos sessenta, a frequência das iniciativas da Mocidade Portuguesa deixou de ser obrigatória e passou a opcional.

Mas regressemos à actualidade. Os pais, de acordo com a legislação em vigor, alegam que a educação para a cidadania é uma competência deles e sublinham que lhes suscitam «especiais preocupação e repúdio» os módulos «Educação para a igualdade de género» e «Educação para a saúde e sexualidade», que fazem parte da disciplina em questão.

Em poucas palavras, para os mais distraídos, e de acordo com os pais, um caso de totalitarismo do Ministério da Educação e do Governo em querer doutrinar os filhos. Tem sido assim há vários anos.

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Mas há mais. Há milhares de alunos que, nas nossas escolas, passam de ano com inúmeras negativas às mais variadas disciplinas. Neste caso, em relação aos filhos da família Guimarães, estamos perante dois alunos, irmãos, com catorze e dezasseis anos, discentes de excelência, situação cada vez mais rara nas escolas públicas, e com classificações máximas a todas as áreas disciplinares, excepto a Cidadania e Desenvolvimento que os pais, em consciência, optaram por não permitir que os filhos frequentassem.

Colocar a disciplina opcional seria uma solução. Contudo, num País como o nosso, talvez fosse da maior utilidade manter a disciplina no curriculum, mas retirar-lhe toda a carga ideológica de que está imbuída. A Cidadania e Desenvolvimento, actualmente, não é uma «disciplina» qualquer, mas um mero veículo doutrinador das crianças.

Além do mais, a Educação cabe à Família! Ou seja, a Família educa, a Escola ensina. É isto que diz a legislação em vigor. A não ser que as esquerdas maioritárias, absolutas e totalitárias, estejam com a intenção de alterar a lei. Há sempre alguns que teimam em perceber que estamos perante um Estado controlador e dominador das nossas consciências.

Continuará assim, pelo menos enquanto deixarmos!

É urgente defender a Liberdade!

Especialmente a liberdade da Família contra um Estado absoluto.

A Família é – e tem de continuar a ser – a primeira responsável pela educação dos filhos.