As eleições legislativas deviam ter corrido bem, não deixando qualquer dúvida para questionar os seus resultados. Mas não foi isso que aconteceu! É urgente reformar o sistema eleitoral português, para o tornar mais eficiente e mais transparente, para que não haja lugar a factos surreais, ocorridos nestas últimas eleições.
Portugal precisa de ser mais transparente para o exterior e para o interior, não passar a imagem de mais transparente. Citando Júlio César “A mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta!”
Portugal não pode estar “hibernado” durante meses a fio, como tem estado e vai continuar, fruto da repetição de eleições legislativas no círculo da Europa! A solução estará, como quase sempre na mão dos decisores políticos, financeiros e judiciais. A gestão em duodécimos promove a desconfiança dos investidores e a certeza da incerteza num futuro próximo das empresas/ENI’s e dos trabalhadores. O civismo, lealdade e sacrifícios constantes do povo português merecia mais transparência por parte dos “atores e decisores políticos”. O que está em causa neste momento é a certeza do encerramento de muitas empresas, o constante aumento do desemprego, o aumento da despesa em apoios sociais e a diminuição de receita para IGFSS .
Urge assegurar rapidamente uma injeção de fundos na nossa economia que garanta às empresas que investiram e investem em candidaturas a fundos comunitários que os prazos de pagamento destas serão minimamente cumpridos. Devemos apoiar empresas que criam mais postos de trabalho, não apoiar aquelas que não os criam e até despedem. Por outro lado, a evolução tecnológica e a inovação são bem-vindas, mas devem contribuir com uma pequena contribuição para IGFSS , por cada posto de trabalho substituído por uma máquina. Exemplos: portagens e gasolineiras. Só assim se pode contribuir para uma justa contribuição. O PRR é muito insuficiente face às necessidades das empresas, só 1% dos 16 644 M está afeto para apoio às empresas. Os casos de fortes indícios de corrupção, má gestão, peculato e abuso de poder no estado são gritantes e não promovem a confiança nos decisores responsáveis pela distribuição da verba do PRR. Podemos olhar para as opções que foram prioritárias para a estruturação deste PRR. O PRR com pouco mais de 166 mil euros, alocado às empresas, certamente que pouco ou nada vai contribuir no apoio a estas.
Esperamos que o atraso na tomada de posse do governo não venha também prolongar o “hibernação” na libertação dos fundos já aprovados dos que estão a pagamento. Afinal existe outro rumo ou caminho a seguir para melhorar a qualidade e saúde das pessoas, empresas, trabalhadores independentes, com mais transparência democrática!