Dia 22 de Março, saber-se-á o resultado final das eleições de 10 de Março. Tudo indica que virão mais dois mandatos para o Chega os restantes dois, um para o PSD outro para o PS.

O Chega continua, até junto dos portugueses a viver no estrangeiro, a capitalizar os desmandos do governo socialista de António Costa. Os portugueses emigrantes não sentem, como os residentes as esperas nos hospitais, as filas nos Centros de Saúde, os atrasos e as continuas falhas da justiça, não exercem como pessoal médico, de enfermagem ou auxiliar nos hospitais, nem são policias, GNR, ou guardas prisionais; a situação dos professores do ensino publico ou os problemas das próprios escolas, a falta de oferta de habitação e todos os outros a que os residentes estão habituados.

Também não deviam acompanhar com muita atenção os escândalos de corrupção, desorganização e incompetência do governo socialista ou a invasão da Madeira por aviões da Força Aérea Portuguesa, carregados de agentes da judiciaria e de equipamento de busca e deteção. Mesmo assim recusam o voto na extrema esquerda e no centrão, já que todos tiveram fracos resultados tendo em conta as suas expectativas.

Ao PS de nada valeu a gigantesca teia de interesses e interessados que tem espalhado há décadas por todo o País. Só esses são garantia de muitos deputados.

Ao PSD, depois deste desgoverno também de nada valeu a estratégia, forçada insistentemente pelos socialistas, comentadores e jornaleiros, do “não é não!”. Pois o resultado foi mais do que pobre.

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Esta estratégia só serviu aos que querem diferente e não vêem como, descobrindo um partido sem pergaminhos, história e consistência política, mas que grita e agita tudo e todos com slogans, alguns inarráveis, mas muitos cheios de razão.

Aqui chegados como resolver? Se a chamada esquerda tivesse mais votos, todos se uniriam ao P S, independentemente da incompatibilidade de ideários, necessário para continuarem, como fez António Costa em 2015, a garantir o seu futuro político e o de muitos amigos e apaniguados.

O PSD concorreu disfarçado numa marca ultrapassada de que poucos já se lembram, mas que em 1979 tinha fortes pilares a sustentá-la como, Francisco Sá Carneiro, Francisco Pinto Balsemão, Diogo Freitas do Amaral, Adelino Amara Amaro da Costa, Gonçalo Ribeiro Teles e muitos notáveis independentes.  A marca valia pelos seus pilares.

A AD, por incompetência ou distração dos responsáveis do partido, perdeu mais votos dos que angariou, pela confusão que provocou em muitos eleitores com a ADN.  Convenhamos que igualmente o CDS muito pouco contribuiu, para além das intervenções totalmente inoportunas e desfasadas de alguns dos seus membros, sem falar no PPM, uma total inexistência.

Aqui chegados tivemos uma vitória de Pirro, que se desfazerá em pouco tempo. O que vai acontecer será o crescimento do Chega, preparando-se para ser a 2ª ou a 1ª força em pouco tempo. A oposição mais vigor lhe dará, enquanto o PSD se desgasta no emaranhado de problemas em que se vai envolver.

Sou militante do PPD desde Maio de 1974, com o número 30  de inscrição,  ou seja faço cinquenta anos de militante, tendo percorrido muitos cargos desde as secções, à distrital, Conselho Nacional, participei em muito mais que uma dezenas de congressos nacionais, fui autarca no município de Lisboa 32 anos ininterruptos, passei pelo Parlamento, em todo o lado com voz muito  ativa, nunca deixei de pagar quotas e cumprir os deveres de militante, todos os cargos desempenhados foram de forma gratuita.

Não pode, pois, ser contestada a minha ligação ao PPD/PSD durante estes 50 anos e o meu genuíno e desinteressado interesse ao partido e à Social Democracia.  Penso que este momento pode ser histórico na vida política portuguesa.

O afastamento dos socialismos e comunismo pelo   menos num período de cinco anos, permitirá repor neste período o crescimento da economia, a valorização da escola, professores e auxiliares, melhorar a vida dos reformados, da classe média, repor os direitos da PSP, GNR e Serviços Prisionais, melhorar os serviços de saúde e justiça e de todos os seus agentes.

O que afasta o Chega do PSD, será mais do que, em 2015 afastava do Partido Socialista o PC e o BE, que negam a pertença à NATO, à EU e ao Euro, repudiam os nossos aliados tradicionais, louvam os regimes ditatoriais e querem (pelo menos o PC) a destruição da Ucrânia?

O somatório dos votos e mandatos da AD, IL e Chega ultrapassam em muito a maioria absoluta, porque não governam?

Há temor que o Chega traga uma agenda de extrema direita, o regresso em algumas áreas ao século dezanove, repor a pena de morte, a prisão perpétua, a castração química, situações que só poderiam ser alteradas com a revisão da Constituição.

É necessário facilitar a imigração legal e necessária, dando-lhe meios e condições ao nível de todos os cidadãos portugueses, e combater com dureza as máfias que os exploram. Portugal deve insistir junto da União Europeia para que se encarem os problemas migratórios em cooperação com os países emissores, evitando o sofrimento e a morte de milhares de migrantes no Mediterrâneo ou a caminho das ilhas Canárias.

Os cidadãos de etnia cigana são portugueses de pleno direito pelo que deverão ser sempre considerados em todas as circunstâncias e em todos os lugares com os mesmos direitos e também com os mesmos deveres, nem mais nem menos.

Que haja uma conversa franca e leal entre AD e Chega, incluindo ou não a Iniciativa Liberal e se estabeleça um programa de governo que exclua tudo o que se considera radical no programa do Chega, num compromisso sério para toda a legislatura, de incidência parlamentar ou mesmo governativa, mas que se governe o Pais com gente competente e coloque em paz os Socialistas e seus aliados, numa cura de oposição, que só lhes fará bem durante pelo menos cinco anos.

Gosto de Luís Montenegro e acho que é um político bem-intencionado ao contrário da maioria dos socialistas que nos governaram, admiro-o desde que era líder parlamentar. Temi com o seu comportamento alheado durante os dois últimos anos de governo de António Costa. Recuperou em grande a seguir ao congresso do PSD e foi melhorando em continuo na campanha eleitoral.

Não chegou para sozinho, ter as melhores condições para governar, se quisermos dar garantias de solidez governamental haverá que as criar no quadro parlamentar, será com um PS, manhoso       incompetente?

Reparem governaram durante oito anos depois de três vezes levarem o país ao charco, ao pântano e à bancarrota, mas vejam como o seu novo líder diz que estará disponível para repor todas as condições que negou de forma insistente ao longo do seu passado. Interessante! Bem prega frei Tomás…, mas Pedro Nuno Santos envolto em incompetências e contradições no seu passado de governo, afinal ganhou as últimas eleições?

Só existe um caminho para teremos uma solução, chegar a acordo com o Chega, na garantia de nunca se ultrapassarem as nossas linhas programáticas. Que se esqueça no baú da memória a péssima governação dos governos socialistas, tão maus que atiraram para o lixo a melhor oportunidade que Portugal teve em Democracia. Não fazer isto é obedecer ao que socialistas, bloquistas e comunistas que tudo fizeram para dar força ao Chega, convencidos que seria do PSD que fugiriam os votos.  Felizmente enganaram-se podem ter saído alguns, mas uma grande parte veio do PS e parceiros, e ainda   dos muitos habitualmente abstencionista que acharam, ser a altura de participar, votar para endireitar o País.

Mais uma vez, por favor entendam-se e governem a favor de todos os portugueses sem radicalismos, como gente séria e competente. É isto que a larga maioria dos portugueses esperam e anseiam.