No domingo, serão avaliados os 8 anos de governação socialista. Ao votar PS estaremos a votar no imobilismo, no conformismo, na resignação, na total ausência de reformas e na falta de visão. Votaremos nas táticas de curto-prazo de sobrevivência no poder, abdicando do nosso futuro.

Pedro Nuno Santos tenta marcar alguma diferença face ao seu legado, afirmando que traz “mais ação”. Talvez seja verdade, até porque é difícil esquecermos de quando Pedro Nuno Santos revelou “ação” ao decidir apressadamente sobre o novo aeroporto de Lisboa, à revelia da estrutura hierárquica do seu governo. A “ação” de Pedro Nuno Santos na TAP é igualmente difícil de ignorar, até porque nos custou mais de 3 mil milhões de euros.

O seu governo também demonstrou “mais ação” ao acabar com as PPP na saúde, com enorme prejuízo para milhares de famílias, que agora têm um pior serviço. E o programa ruinoso Mais Habitação, com muita “ação”, também teve as consequências conhecidas no mercado, com um dano para a perceção e confiança dos investidores e retirada de imóveis do mercado de arrendamento. Pelos vistos, temos tido alguma “ação”, orientada por fanatismos ideológicos que colocam as suas obsessões e preconceitos à frente da evidência e dos números.

Nós, cidadãos, somos meros peões neste laboratório experimental de políticas nefastas, liderado por aqueles que preferiram nos últimos anos abandonar as soluções construtivas para aliarem-se aos mais radicais, cuja agenda é divisionista e alimentada por um discurso de ódio a alguns segmentos da sociedade – ou porque são ricos, ou porque são proprietários, ou porque são estrangeiros, ou porque são empregadores ou apenas porque representam a iniciativa privada, e isso por si só já é pecado.

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Um Partido Socialista sem ideias, sem soluções, intolerante aos factos e entusiasta da manipulação da verdade, transformando-se na maior e mais eficaz agência de marketing do país. O colapso do SNS será certamente culpa do Passos Coelho, tal como a degradação da escola pública desprovida de condições e de exigência, ou mesmo a economia do poucochinho que já foi alcançada pela Roménia, que no início do século era bastante pobre e gerava menos 70% da nossa riqueza. Um governo que se diz “socialista” mas deixou os setores de maior responsabilidade social ao abandono. Aqueles que podem, recorrem cada vez mais ao privado, tanto na educação como na saúde. Outros fartam-se e desistem, abandonando o nosso país.

O PS confunde-se cada vez mais com o governo e com as estruturas do Estado. Um partido fechado em si mesmo. Perante um voto de enorme confiança dos portugueses em 2022, dando maioria absoluta, e perante a oportunidade de formar um governo com os melhores quadros das empresas, das universidades e da sociedade civil, António Costa optou por colocar gente do aparelho, da máquina e da família socialista (literalmente), em quase todos os cargos. Isto conduziu-nos a 2 anos de evidentes erros de casting, marcado por inúmeras demissões, por recorrentes e humilhantes trapalhadas.

Com a liderança de Pedro Nuno Santos não parece ser diferente. As listas para a Assembleia da República trazem poucas novidades e pouca abertura ao exterior. Há que alimentar a máquina e distribuir cargos, privilegiando a fidelidade cega ao partido, em vez de trazer sangue novo, ideias novas. Repetem-se as soluções falhadas no passado, à espera de resultados diferentes.

Este governo contentou-se a nivelar a sociedade por baixo. A classe média (ainda existe?) foi totalmente esquecida. Sobrecarregamos as famílias com impostos, sufocamos as empresas com burocracias e instabilidade legislativa, e afugentamos o investimento estrangeiro (o fim do estatuto dos residentes não habituais, mais uma vez ignorando os factos, foi mais um exemplo). Retiramos a esperança aos jovens e adiamos (por vezes, cancelamos) os seus sonhos: de formar família, de alcançar a independência financeira, de arrendar ou comprar casa e outros legítimos desejos.

Adotou-se a linguagem e as políticas dos partidos mais à esquerda. A mão estendida a Bruxelas, com o apelo a um “PPR permanente”, como sugerido por António Costa em outubro, reflete a pequenez na nossa audácia e visão e manifesta-se na subsidiodependência perante a União Europeia, de um país que não descola da cauda da Europa. Dedicamo-nos exclusivamente a redistribuir ainda mais o bolo, em vez de nos empenharmos a produzir um bolo maior – a nossa economia – que a todos beneficiaria.

Perdemos a ambição. A ambição de nos deixarmos de desculpas e compararmo-nos com os melhores. A ambição de acreditar que é possível fazer diferente. A ambição de construir um país melhor para as futuras gerações.

No domingo, os eleitores vão decidir entre este Partido Socialista ou uma mudança. Entre o conformismo ou o ímpeto reformista. Entre o fanatismo ideológico ou o sentido construtivo. Entre a mediocridade ou a exigência. Entre o crescimento ou a estagnação.

Votemos com esperança, votemos com otimismo, votemos pelo futuro, votemos pela mudança!