Recentemente, o país ficou a conhecer um importante estudo levado a cabo pela Universidade Católica, promovido pelo CNJ – Conselho Nacional da Juventude, sobre a participação e interesse dos jovens pela política.

Os indicadores são animadores!

Para não entrar em muito detalhe, gostaria de salientar essencialmente três aspectos:

  1. o voto é a forma de participação política mais relevante (89,6%);
  2. o associativismo assume praticamente o dobro da forma de participação política do que pertencer a partidos políticos (34,7% e 17,5% respetivamente);
  3. o voto burocrático assume menos de 20% (17,2%) das razões que afetam negativamente a participação política.

Estes três aspetos dizem-nos muito mais do que aquilo que numa primeira e superficial leitura percebemos.

Com estes dados, ficamos a saber que os jovens querem participar, mas que não concordam com a lógica partidária. Preferem vias em que possam ter uma intervenção mais direta e prática, mais imediata, como o fazem através do associativismo.

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Quer então dizer que os jovens valorizam o voto e compreendem que através dele podem contribuir, ativamente, para o desenrolar do futuro imediato e que, com ele, podem mudar o rumo das políticas seguidas.

Por fim, ajuda a desmistificar o voto eletrónico, que deveria ser uma realidade mais presente no século XXI, mas que não é inibidor da participação política, como muitas vezes se faz crer.

Naturalmente que o estudo é mais profundo do que isto, mas para mais e aprofundadas conclusões, convido a leitura.

Compreender os jovens e as suas movimentações sociais, assim como perceber que estes querem, hoje, fazer parte do futuro é essencial para o bem da democracia. Os jovens não querem ter de esperar para ter idade ou a supostamente maturidade para fazer acontecer. Os jovens têm essa capacidade hoje, com a irreverência que lhes é característica.

Recentemente tomei posse enquanto deputado à Assembleia da República e, com isso, tornei-me o deputado mais jovem de toda a região do Minho. Tenho plena consciência de que acarreta uma especial responsabilidade. Os jovens esperam muito de nós, esperam que sejam representados e que as suas preocupações façam parte da agenda política e mediática, têm a ambição de ver medidas de política concretas e que resolvam problemas com vista a longo prazo.

O meu compromisso é com Portugal e com os portugueses, mas é essencialmente com os jovens, com o ambiente e com a sustentabilidade (fazendo parte enquanto membro efetivo desta Comissão Parlamentar Permanente) e, sobretudo, o meu compromisso é com o futuro de todos e todas.