A quebra do sistema financeiro angolano é um perigo para as relações económicas de Angola com qualquer país. O MPLA acusa a oposição, de difamar o país no exterior, e, assim, prejudicar, a atração do investimento externo.
Ora, isso não é verdade, as agências de avaliação de risco é que dizem que o país não é bom para investir. Num país onde os direitos sociais não são respeitados, é muito difícil, tudo é custo adicional, desde os hospitais privados, escolas privadas, condomínios, porque pelo Estado é impossível, não existem esses acessos.
Recentemente o primeiro-ministro de Portugal foi a Angola e falou dos pagamentos das empresas portuguesas em Angola; agora, supostamente, vai o presidente americano a Angola. A verdade é que 100 milhões de Kwanza, que eram 1 milhão de dólares, hoje são 100 mil dólares, o investidor perde muito nestes níveis de oscilação, são os números que dizem, não somos nós UNITA.
A moeda sustenta-se na produção. Hoje, depois de tantos programas, milhões e milhões gastos, quais são os nossos níveis de produtividade? Em vez de capacitar o cidadão e elevar a sua auto-estima financeira, o Estado ainda taxa a miséria?! O consumo das famílias é o primeiro e mais importante indicador económico-financeiro para um país; é preciso que as pessoas tenham capacidade para consumir, e isso só se resolve com trabalho. Mas a taxa de desemprego está elevadíssima, ultrapassando os 60 por cento, num país com idade média de 18 anos, com claro e elevadíssimo potencial para produção.
Poderíamos articular de várias maneiras, mas o nosso problema, é a corrupção, a gestão danosa, a irresponsabilidade dos atores políticos e Administrativos, que estão a tornar toda uma geração improdutiva. O presidente de Angola prometeu 500 mil empregos, o que num universo de mais de 30 milhões é muito pouco, e nem isso conseguiu cumprir. O que é que podemos esperar mais desse governo?