O ambiente e a população em geral, necessitam de meios de locomoção que sejam seguros, económicos e pouco poluentes.

Apesar de esta frase poder ter sido escrita pelo senhor de La Palisse vemos, ouvimos e lemos, como dizia o poeta, defesas exacerbadas das ciclovias, independentemente da sua mais valia ambiental, e pouco se diz sobre o facto de o maior feito para o ambiente seria pôr todos a andar de transportes públicos, pelo que acabar com as greves tem de ser o primeiro passo.

Se o aquecimento global é um facto, pergunto porque não se criam soluções que impeçam as greves da CP, Transtejo e Carris, que em cada dia promovem o disparo dos gases com efeito de estufa pelo acréscimo anómalo de carros. Se é uma guerra que estamos a travar, não podemos ceder ao inimigo. Ou será que há Lisboa B? Não podemos ser “activistas” pelo ambiente à segunda e defender greves que implicam uma enorme carga de CO2 à terça.

Com transportes públicos fiáveis o carro é um luxo desnecessário para a maioria das pessoas. Outra noção que importa ter é que a bicicleta só é interessante para circuitos de 15 minutos entre casa e trabalho, como facilmente explica qualquer holandês. Ter ciclovias para cicloturismo é outra coisa, mas essas não são no centro das cidades. Se uma ciclovia tem como consequência a produção de mais CO2 porque acrescenta transito lento e engarrafamento (como é o caso da Almirante de Reis) então terá de ser removida. Lembro que as trotinetas iam salvar o mundo e afinal… não.

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