É importante os Portugueses saberem. O Registo Internacional de Navios da Madeira (MAR) é já um dos maiores da Europa. Desde 2013 cresceu mais de 800% em termos de tonelagem e de navios registados. É difícil encontrar em Portugal um sector ou empresa com tamanho dinamismo. Através do Registo da Madeira o nosso País está a reassumir um papel central nos assuntos do Mar.
No nosso Registo, há mais de quinhentos e sessenta (560) navios de comércio registados. E cerca de cento e dezoito (118) embarcações de recreio e iates com o pavilhão de Portugal. A tonelagem de arqueação bruta dos navios registados ascendia em 2019 a 15.653.589 (quinze milhões seiscentos e cinquenta e três mil quinhentos e oitenta e nove) toneladas. Um valor impressionante.
Centenas de tripulantes portugueses também estão registados, muitos deles formados pela Escola Náutica Infante D. Henrique, que volta a ser vista de novo como uma entidade de referência internacional na área dos estudos marítimos. Grande parte dos navios no nosso Registo são dos grandes armadores alemãs e hoje a bandeira portuguesa é a segunda dos cargueiros germânicos.
O sucesso do nosso Registo num país marítimo devia ser motivo de orgulho para todos os portugueses. Sobretudo, numa área tão competitiva internacionalmente, onde concorremos directamente com Registos de Navios consolidados como os de Chipre ou Malta.
Para além dos milhões de euros de receita anual para a Região Autónoma e para o Estado, o nosso Registo de Navios tem promovido a criação de emprego qualificado em sectores de forte especialização. Quer nas empresas de “Shipmanagement” e de “Manning”, quer por via dos próprios armadores através da contratação de tripulações e jovens marinheiros portugueses formados na Escola Náutica.
Com o Registo Internacional de Navios da Madeira, Portugal passou a ter um peso significativo em instituições de grande influência internacional, como a International Maritime Organization (IMO) e concretiza um dos pilares essenciais da Estratégia Nacional para o MAR.
Resta a pergunta: Está tudo a correr bem? Não! A bizantina burocracia portuguesa e a incompreensão de alguns agentes políticos não tem facilitado a necessária simplificação da operação do registo de hipotecas.
Seja como for, estamos convictos que esta comprovada competência nacional para actuar e crescer nesta área da “Economia Azul” não será obstruída pela conhecida tendência de algumas forças nacionais que remam sempre contra o sucesso.