Ser o Secretário-Geral no ano em que o Partido faz meio século de existência é viver entre dois mundos. O mundo das emoções fortes e o mundo da responsabilidade.

As emoções trazem os afetos e as memórias. Vejo passar diante dos olhos o filme dos bons e dos maus momentos. Os desafios, as vitórias, as dificuldades. E pessoas, muitas pessoas. As que engrandeceram esta casa, as que a lei da vida nos roubou.

As emoções têm-me feito meditar no Partido que temos sido.

Do outro lado está a responsabilidade, que me obriga olhar para o Partido que podemos ser.

A responsabilidade de dotar o PSD de meios materiais e humanos que nos permitam servir cada vez melhor Portugal. A responsabilidade de dar a quem está no governo, no parlamento, na Europa, nas regiões autónomas e nas autarquias a rede essencial para que tudo corra bem.

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É nesse equilíbrio entre emoções e responsabilidades, sentimentos e pragmatismo, que vivi os últimos meses. Com os secretários-gerais adjuntos e os funcionários do Partido ao meu lado, tendo em cima da mesa uma reflexão fundamental: preparar o PSD para os próximos cinquenta anos.

As recentes eleições legislativas, inesperadas, estiveram longe de prejudicar esse esforço de reflexão. Na verdade, até nos ajudaram a perceber que estávamos no bom caminho. Não o digo apenas pela vitória, mas sobretudo porque o programa eleitoral e os candidatos que submetemos aos portugueses foram fruto de um intenso trabalho que estava a ser feito de ativação da militância e de atração da sociedade civil.

Soubemos trazer os melhores para o Conselho Estratégico Nacional, companheiros e independentes. Essa conjugação de capital humano refletiu-se no projeto do Partido para Portugal.

Aliás, o próprio elenco governativo e a lista para as eleições europeias mostram que o PSD se preparou para essas responsabilidades.

Preparar o Partido para o futuro significa também evolução tecnológica, com vista a capacitar a nossa militância e os serviços centrais. Uma das grandes novidades – a possibilidade de voto eletrónico – pioneira no universo partidário nacional, foi aberta pelos novos Estatutos e está neste momento em estudo. Temos vindo a renovar site, criámos a nova área do simpatizante na app dos militantes e temos agora uma app melhorada para gestão de listagens e órgãos. Sem esquecer o Povo Livre em formato 100% digital.

Também a sede se prepara para um novo tempo: com auditório, espaço multiusos, restauração, mediateca, biblioteca e co-working. No fundo, melhores condições para funcionários, dirigentes, militantes e sociedade civil.

Sabemos o que fizemos de bem e menos bem até aqui. Não sabemos o que o futuro nos reserva, mas uma coisa será certa: estamos preparados!

Viva o PSD: o de hoje e o de amanhã!