Ouvimos regularmente que somos a geração mais preparada de sempre, mas porque motivo, segundo o grupo de reflexão Bruegel, somos o segundo pior país da União Europeia a níveis de literacia financeira?
Primeiramente, a literacia financeira é o conjunto de competências que permitem ao indivíduo ou à empresa munirem-se de conhecimentos necessários à gestão eficaz do seu dinheiro para a tomada de decisões informadas. Torna-se crucial para garantir uma estabilidade financeira a longo prazo e é um veículo primordial para, de uma forma geral, promover uma melhor qualidade de vida aos portugueses.
Segundo a Bruegel, os países com maior nível de literacia financeira apresentam um número maior de pessoas que poupam e contraem empréstimos em instituições financeiras. Assim, demonstra como o conhecimento financeiro pode, desta forma, impulsionar a inclusão financeira e promover o bem-estar da população. Desta forma, a literacia financeira não se trata apenas de acumular informações, mas sim de ter as ferramentas necessárias para navegar pelo mundo financeiro com segurança e tomar decisões mais acertadas.
Posto isto, como podemos aceitar sermos menosprezados dentro das nossas salas de aula, rejeitando os partidos de esquerda ser-nos lecionada literacia financeira aquando mais novos?
Já não é novidade para ninguém que o Bloco de Esquerda apenas aparece no cenário político quando lhe convém, e normalmente sempre do lado errado da história ou da solução. A par do BE, de todos os partidos de esquerda, nenhum votou favoravelmente ao projeto de resolução apresentado pela Iniciativa Liberal “a preponderância devida à literacia financeira em contexto escolar” – votado favoravelmente pelo PSD, CHEGA, IL e PAN.
Destarte, a pergunta que sempre fica no ar é, “Porque é que os partidos de esquerda não querem literacia financeira no futuro do país?”. Poderíamos estar com duzentas respostas diferentes, mas a realidade é que é inaceitável não querer dar um futuro próspero aos jovens de amanhã.
Note-se que o aumento da alfabetização financeira não só ajudará a mudar os hábitos de poupança, ajudará a aprimorar a compreensão dos instrumentos financeiros, protegerá os consumidores, como também fornecerá uma maior capacidade de planeamento e tomadas de decisão mais acertadas no campo do investimento.
Assim, podemos ver dois campos semelhantes a juntarem-se num só, o problema com a iniciativa privada. Considero que este sempre foi e sempre será o grande problema de toda a esquerda em Portugal, querer tudo no Estado, deixando as pessoas de canto. Não deixar os jovens aprender para não virem a ser investidores privados e alocarem-se apenas ao Estado, poderia ser perfeitamente um mote de campanha para as próximas eleições. Por algum motivo, nestas últimas eleições legislativas, os jovens entre os 18 e os 34 anos foram os que menores percentagens de voto deram ao Partido Socialista, apenas 10% desta faixa etária votou nos socialistas.
Sendo assim, o que se prevê para o futuro das escolas na democracia financeira? As famosas aulas de Cidadania, o protótipo de esquerda onde se foge das literacias política e financeira, e incute-se ideologias de género, deveria ter uma reformulação grande, passando a ser útil para um jovem adulto, para quando passados uns anos um jovem for fazer o seu primeiro crédito à habitação, poder escolher de forma acertada. É inadmissível, apesar de já se prever a atualização do Referencial de Educação Financeira no Plano Nacional de Formação Financeira 2021-2025, este contar com a sua última atualização em 2013.
Podemos não fazer negócios brilhantes, mas podemos sempre aprender com os erros do passado e ajudar o nosso futuro a gerir o seu próprio dinheiro, não queremos que se torne moda despedir funcionários e aprovar indeminizações “chorudas” através do WhatsApp.
O futuro deste país parece ter melhorado, com esta viragem à direita, no entanto é necessário continuar atento ao que os partidos esquerdistas propõem, porque num piscar de olhos, destroem um país, como o fizeram nos últimos oito anos. Portugal hoje, não é um país para jovens. Estou convicto de que assim não continuará e de que os jovens possam ter acesso a um sistema nacional de saúde decente, acesso à habitação e acima de tudo, acesso à educação, não deixando nenhum jovem sem professor.
Asseguremos um futuro decente para as novas gerações.