Nos últimos anos, dos dois governos cessantes, a propaganda disseminada nas entradas de todas as cidades do País era escandalosa em outdoors disparados pelo partido socialista em rotundas, avenidas. Onde quer que entrasse, lá estava, eles “Cumprimos mais emprego e menos precariedade”: Costa protegeu Costa. Passou a rasteira ao então ministro da saúde Adalberto Campos Fernandes e estendeu o tapete à temida Marta, que apenas o serviu nos anos de geringonça. Dela pouco se sabia. Talvez que correia de campos tivesse pedido (muito) uma cunha para ela ir a um hospital do centro. Algo que não lhe permitisse estragar nada. Inventou-se uma personagem, com a pandemia e as lágrimas de crocodilo. Depois apareceu o homem das barbas, parece o zangão dos estrumpfes… mas esses tinham graça. Mas com o zangão das barbas o slogan é outro “Portugal inteiro”. Bem, inteiro, só se for de miséria e números martelados. Os portugueses já se habituaram à manha de cobra, digo, banha.

Tudo isto aconteceu aqui neste País, ainda “ontem”. Agora os socialistas arranjaram um novo taxo: são todos doutos comentadores. E há de tudo: ministros despedidos, embaixadoras sem carreira, namorados de pivôts e tudo isto oscila numa TV perto de si.

Antes destes (des) gloriosos “feitos” e pequenos políticos, Portugal atravessou a maior crise financeira de que há memória. E os portugueses não se esquecem. Os pensionistas também não, os jovens tampouco. Foi por isso que, o Chega cresceu, nas franjas do Portugal real, onde os portugueses, fartos de políticos falsos, daquele tipo que acham que é nas campanhas que se faz política de proximidade, esmagou todos. Os “geringonçados” e depois os “maiori’bsolutados”, contando mentiras e prometendo os fundos (sem fim) rotos, como os bolsos da nossa tesouraria quando, há exatamente 10 anos, Sócrates pedia ajuda externa pela terceira vez para Portugal.

Maldito dia 6 de abril de 2011 em que o primeiro-ministro socialista anunciava ao país o resgate financeiro. A troika chegou e só saiu em 2014, no dia 4 de Maio.

Gerir fundo de tesouraria pública, sem esquemas, não é para todos. É para quem não enriquece e nem muda de casinhas para mansões. Por heranças sonhadas mas que acontecem.

A vida ensina-nos de várias formas, talvez por isso, os portugueses castigaram o partido socialista com o recrudescimento do Chega, com o aumento de mais votos de descontentes para as franjas: os mais crescidos (idosos) e os jovens. Abandonados em temas choque como a saúde e a educação. Não evoluímos, não investimos. Em tempo de mudança, devemos virar a agulha para o futuro. Há políticos que conseguem por as vacas a voar. E depois, há os outros, sérios e íntegros como o Pedro Passos Coelho que prosseguem a sua atividade pondo o interesse nacional, o interesse coletivo e o interesse dos portugueses acima de tudo mais. E que o fazem com determinação, com coragem, com hombridade e com humildade, sem jamais padecerem ao ditado do politicamente correto ou de vacas voadoras. Passos Coelho é um homem de Estado, um político maior. Os portugueses agradecem tudo o que fez por este pequeno País num período difícil da sua vida familiar e em que o seu “aliado” desalinhado de coligação lhe era desleal – como se veio a provar – com a exigência da troika em ter uma carta assinada de compromisso por Paulo Portas. O anjo “do mal”.

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Recentemente, a rádio Observador no podcast e entrevista de Maria João Avillez fizeram disso prova, quando perguntaram a Passos e ele afirmou isso mesmo. A troika entrou e nã confiava em Paulo Portas. Havia um passado, menos elegante, recordo, como o famoso caso dos submarinos. Há coisas que não se esquecem.

O mundo é, definitivamente, feito de dois tipos de pessoas: as pessoas do bem e as pessoas do mal. Os do lado do mal, tentam contar histórias de carochinha com holofotes que ofuscam os menos letrados. Outros há, sem protagonismos, sem imprensa e sem holofotes que teimam em não contar o lado errado da história.

A saída limpa da troika, foi limpinha, limpinha, mas há quem aponte os custos, mas houve mais benefícios que custos. Para Portugal foi confirmada pelos ministros das Finanças da Zona Euro, o Eurogrupo, na segunda-feira, 5 de Maio de 2014. O dia 4 de Maio de 2014 em que a Troika saiu deste País foi, sem dúvida, o dia mais desejado pelos portugueses. Exatamente há 10 anos, Portugal livrou-se da troika.

Por essa razão, Santarém esteve à altura, e celebrou a data, juntando amigos, mulheres e homens empresários, velhos e novos, homens de fé e generosidade e políticos para homenagear Passos Coelho. A sociedade civil, num conjunto de portugueses amigos, vindos de diferentes cantos deste País, juntou-se na Casa da Amieira, para agradecer ao antigo primeiro-ministro da opção que ofereceu maior proteção a Portugal. É bom recordar que o tesouro português obteve a totalidade dos 750 milhões de euros solicitados previstos, com uma procura a superar em 3,5 vezes a oferta, e com uma taxa de 3,592%, a mais baixa desde 2005, a possibilidade de uma saída limpa converteu-se numa clara realidade.

E quem ficou a ganhar em Portugal?

A saída limpa da troika favoreceu os partidos PSD e CDS (aliados de coligação) que puderam anunciar o regresso da confiança dos investidores e dos empresários acima do esperado e de mais uma parcela de soberania. Havia uma grande desconfiança que resultou numa demora de apresentação Documento de Estratégia Orçamental (DEO). Aliás, recentemente, na entrevista ao Observador, Passos Coelho sublinhou que a troika exigiu que Paulo Portas assinasse uma carta compromisso. Não confiavam nele (dixit).

O Partido Socialista é o responsável pela bancarrota e ficou a perder, mantendo o seu papel de oposição e passou a ter menos margem. E não felizes com a desgraça, apesar de Passos ter saído ganhador nas eleições, foram manhosamente engendrar com o anterior primeiro-ministro e uma geringonça que ainda nos afundou mais em incertas contas. Para eles, claro, sempre (in)certas. O tempo é de justiça, o Conselho europeu será de uma mulher e nós, cidadãos, apenas nos limitámos a n\ao esquecer uma data memorável e integridade do País, que devemos a Passos Coelho, a saída limpa da troika, 10 anos depois. Santarém esteve à altura. Saída limpa e observada da troika? É uma obra, muito laranja. Eu estive lá e sei o que foi dito.