E tudo acabou assim!

As memórias do último Conselho Nacional do CDS,  desconhecido para muitos, mas infelizmente a realidade de alguns.

E porquê só de alguns?

Porque não prescindem da democracia, de ligar o Partido às bases, de ter ideias e soluções, de propor sem temor à crítica, de despertar os mais incautos, de esclarecer os mais necessitados, de apontar outros caminhos, talvez menos percorridos mas sempre assentes na memória de quem os legou.

Porque há valores inscritos na memória colectiva que nos precede, que não abdicamos, porque não são nossos, são de toda a humanidade, são perenes.

Mas todo este combate, este bom combate nem sempre é bem recebido, bem percepcionado, entendido e/ou valorizado.

Desde 2005 no partido, num partido em declínio, num partido cada vez mais depauperado de intelectuais com capacidade para parar, reflectir, reorientar e decidir, um partido que expulsou os seus melhores, os que mais o amavam, os que travaram o combate da verdadeira liberdade cristã, não a liberdade socialista, maçónica e servil, que nos aprisiona em corpos doentes e mentes perversas, fruto de ideologias pseudo-progressistas e contra-natura.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

E sempre que, pasme-se, vamos “para os jornais”, como se de um crime de infidelidade se tratasse, então a turba junta-se e, em matilha, ataca impiedosamente e cobardemente, alvoraçando os temerosos conselheiros com promessas e éticas irrepreensíveis.

Em privado, e quando confrontados com tais lamentáveis comportamentos, com uma frase — “quando estiveres daquele lado e na nossa posição, podes ter a certeza que não te farei a mesma coisa, nunca!” — estas figuras insignes, presidentes de uma sempre qualquer coisa, retorquem com insultos e ameaças vãs, nunca concretizadas, como as suas vidas e carreiras torpes e servis.

Na esperança de um renascer cristão, continuamos o bom combate, pedimos a humildade dos grandes actos, só alcançável por mentes sãs e limpas, exaltamos os espíritos mais irrequietos a agregarem, a renovarem votos de amor à pátria, ao próximo e ao bem-comum, porque só assim nos reergueremos das cinzas das sondagens e do desnorte.

Queremos e batemo-nos por um estadista, alguém que pensa para além de si, alguém que pondera para além do óbvio, alguém que decide com risco de para si poder perder e para todos querer ganhar, queremos a incorruptibilidade de um carácter forte, a firmeza de olhos sãos e a certeza de que muitos virão.

E virão renovados, ainda com mais força do que há quarenta anos, alimentados pela resistência a uma mordaça ideológica castradora e demente, a uma história mentida e alterada, a um Estado totalitário e opressor que esbulha com o fisco e oprime com ausência de justiça.

E todos trarão em si uma centelha de esperança, porque o amanhã é possível, se começar pelo hoje e, em sede própria e magna, cá estaremos para ser a construção de sempre e sempre parte da solução, para que nunca mais a presidente  do CDS me mande – lamber sabão…

Conselheiro Nacional eleito pela TEM/CDS; Co-fundador e membro da Comissão Executiva da TEM/CDS
O autor rejeita o AO 90