A nível climático, o verão de 2024 que agora termina é o mais quente desde que nascemos (Verão de 2024 entra para a história como o mais quente já medido na Terra – Observador). Calor excessivo não dá bons resultados, como assistimos nos incêndios. A nível económico, em Portugal, parece haver um verão que nunca acaba: Há décadas que a temperatura de esquerda radical permanece alta e generalizada: Um expresso público de controladores da informação não tem deixado o discurso económico realmente evoluir muito para além do verão quente do PREC (processo revolucionário em curso). O historiador Harari no seu recentíssimo livro “Nexus” relembra-nos que o marxismo vê o controlo da informação como algo de essencial para a manutenção do poder. Assim, mesmo as comentadoras de televisão e imprensa nascidas depois do PREC repetem ideias que nunca deram resultados senão queimar a nossa economia. Mantêm a obsessão por confiscar o esforço alheio. Só já não chamam a isso nacionalização, mas nomes falsos aperaltados como fiscalidade ou justiça social, apesar da injustiça contra quem trabalha. Continuam paradas em 1975.

Ora desde 1975 o mundo evolui muito. Por exemplo e felizmente a mortalidade por cancro nas crianças diminuiu mais de 50% desde 1975. Há cinquenta anos por cada 100 000 crianças e adolescentes morriam 5 jovens de cancro; hoje esse número diminuiu para 2.

Isto deve-se em parte à produção de cada vez melhores novos medicamentos. Sabemos por experiência de décadas a trabalhar na indústria farmacêutica dos EUA, que tal inovação só é possível porque a informação flui livremente e ligamos aos novos factos científicos. Assim, questionamos o passado, abandonamos paradigmas, debatemos perspetivas diferentes, questionamo-nos uns aos outros e a nós próprios, discutimos e executamos soluções alternativas para melhor resolvermos os problemas. Ainda há pouco mais de 10 anos muitos afirmavam que manipular o sistema imunitário nunca produziria medicamentos eficazes no cancro, mas outros de nós afirmávamos o contrário. Hoje em dia a área terapêutica com os melhores medicamentos na luta contra o cancro é precisamente a imuno-oncologia.

Os bons resultados em oncologia são só um exemplo, entre inúmeros, dos benefícios para a humanidade da evolução do pensamento desde 1975. Este artigo é sobre outra patologia: O mal que faz a Portugal estar preso ao passado no pensamento ideológico-económico, especificamente a nível fiscal, há cerca de 5 décadas. Por isso os resultados económicos não melhoram em relação à europa e resto do mundo, com geração atrás de geração de portugueses a terem de fugir do país em busca de melhores resultados causados pela evolução do pensamento lá fora. Nações onde haja uma economia florescente e verdejante em vez de seca, rasteira e queimada.

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Cá não se sente frescura nem evolução de verão para verão. Neste verão quente de 2024 em que viemos a Portugal para férias, pareceu-nos a nível fiscal e de propostas políticas, que realmente ainda estamos no período do verão quente do PREC, onde aqui nascemos. A maioria dos nossos políticos e suas vozes fiéis na imprensa tradicional e televisão, quer se digam de esquerda ou de alegada direita, estão ainda demasiado ligados ou influenciados pela esquerda radical dos tempos de Cunhal e Gonçalves.

Não se vê oposição assumida aos herdeiros marxistas e trotskistas, nem quando o poder muda de mão. Quase todos aqueles com poder político e lugar assegurado na imprensa e TV se opõem ou tem medo de discutir reformas e soluções mais liberais economicamente. Vendem sempre constantes esmolas governativas a um povo empobrecido precisamente pelo cada vez mais enorme estado que tanto tira fingindo que dá ou vai dar. Para pagar tais esmolas, propõem sempre confiscar muito a quem sair da cepa torta para que regresse à cepa torta e toda a sociedade aí permaneça eternamente. Quase ninguém ousa pensar diferente ou ser disruptivo e inovador nas propostas político-económicas para Portugal ao longo de décadas. Rematam sempre mais à esquerda normalmente falhando sempre o alvo de enriquecer Portugal e os Portugueses. Tirando a uns para dar a outros, na realidade tiram a todos. Querem confiscar desde a doação à defunção, passando pela ocupação, promoção, locomoção, habitação e até embarcação. Tudo querem para alimentar o ineficiente estado do qual eles vivem.

Desde que sirva de pretexto para aumentar o estado essa esquerda assumida ou escondida usa há décadas os mais diversos critérios para classificar alguém de rico e logo a seguir lhe extrair o mais que puder. Sempre mais. Isto até deixar o maior número de indivíduos possível na pobreza e dependência de um estado que quanto maior se torna mais desabilitado fica em todas as suas tarefas. Promovem um ciclo vicioso de diminuição da independência económica da população e aumento da ineficiência estatal.

Assobiando para o lado da redução da eficiência do estado nos serviços públicos à medida que engorda, os nossos políticos e comentadores do status quo nunca pensam numa dieta estatal que leve a maior agilidade, através da redução de impostos. São como diabéticos viciados em mais açúcar e, apesar da doença avançar, nunca o cortam. Não querem abrir mão do dinheiro açucarado que os trabalhadores e empresas criam e eles retiram em quantidades crescentes sufocando-os economicamente. Com base em pensamento económico ainda mais antigo que o PREC, ainda acreditam que baixar impostos seria uma race to the bottom (corrida para o fundo dos impostos baixos em todo o lado). São incapazes de perceber que estão sempre é numa corrida para o cume dos impostos, contra a eficiência da economia, alimentando um estado cada vez mais monstruoso e inábil. Com resultados nunca avaliados.

Só vem vantagens em confiscar ainda mais que os já existentes 70% do esforço aos Portugueses classificados como “ricos” devido a terem rendimentos do trabalho superiores à média (contas por alto: escalão 45% de IRS implica taxa total media de 36%, 11% de segurança social, e depois 23% de IVA cada vez que compram algo mesmo de básico, sem sequer contar com IMT, IMI, ISV, IUC, etc.).

Ora, em primeiro lugar, estar nesta posição não é significativo num pais onde a media de rendimentos é baixa e com 43 000 euros por ano já se está no penúltimo escalão, pagando 70% em impostos. Por comparação um americano de New Hampshire que ganhe o mesmo paga em impostos apenas 18% (12% IRS, 6% Segurança social e 0% IVA). Ou seja, quatro vezes menos. Isto quanto em Portugal basta ganhar mais de 16500 euros para já pagar taxa media acima dos 18% só em IRS. Em segundo lugar, muitos desses portugueses hiper taxados estão longe de serem ricos em património pois há lá assalariados qualificados e produtivos que trabalham por conta de outrem. Provavelmente vários investiram muito tempo e dinheiro nos seus estudos, tirando por exemplo especialidades em medicina ou doutoramentos e pós-doutoramentos em áreas tecnológicas; os mesmos ou outros investiram ainda mais anos ou décadas completamente focados no trabalho para finalmente serem promovidos, por exemplo, nas empresas nacionais que ajudaram a singrar no clima anti-empresarial nacional, ou nas filiais de companhias multinacionais competitivas, ambos estes feitos requerendo altos padrões de desempenho, resiliência e liderança. Assim muitos desses “ricos” não acumularam património significativo em décadas de idade adulta até finalmente chegarem a uma posição de rendimentos acima da média no mercado de trabalho, já tarde na vida, incluindo acima dos 35 anos, provavelmente com dividas acumuladas e famílias por começar ou com filhos novos. Precisam, pois, de tudo menos de ainda mais impostos sobre salários “altos” para Portugal, mas baixos se comparados com o resto da europa, para nem falar dos EUA, Dubai, etc. Sabem ainda por cima que os 70% de impostos que lhes são confiscados são desbaratados por gente em geral menos qualificada, sem forma de ascensão profissional senão a política. Por muito que amarem e quiserem ficar em Portugal o mais provável é considerarem emigrar.

Já sobre aqueles considerados ricos por terem mais património que a média, neste verão quente houve em vários órgãos um anúncio em grandes paragonas, como suposta boa nova, que um imposto sobre os 0.5% mais ricos portugueses resultaria em mais 3600 milhões para o Estado. Papagueando acefalamente autores de um estudo estrangeiro que não percebiam nada sobre a realidade portuguesa, os jornalistas e comentadores só viam vantagens em confiscar ainda mais a esses 40 000 portugueses. Não os ouvimos equacionar que, provavelmente, a julgar pela capacidade de ganharem, acumularem ou manterem (caso tenham herdado) mais dinheiro que a média, serão melhores essas quatro dezenas de milhares de portugueses a gerirem e investirem na economia portuguesa os seus 3600 milhões de euros em conjunto, do que meia dúzia de políticos portugueses ou burocratas estatais (muitos nomeados por cunha lusitana) alguma vez seriam capazes se lhes pusessem a mão.

É muito mais provável que as decisões individuais desses 40 000 portugueses beneficiem muito mais a população em geral, sustentando comércio e serviços muito mais amplos, variados, novos e uteis do que os estritos, ineficazes ou inúteis negócios misturados com política do costume (ou seja os ligados a políticos e seus amigos). Podem assim criar muito mais empregos, espalhar a riqueza por mais gente merecedora, fazendo girar mais a economia baseada no mérito e produtividade em vez de no nepotismo. Jornalistas, comentadores e políticos nem sequer equacionam que se calhar, por tudo isto, até seria melhor para a sociedade reduzir-lhes do que tirar-lhes ainda mais impostos para dar aos mesmos políticos de sempre, com os vícios do costume. Em vez de baixarem os impostos para todos, os nossos fabricadores de opinião formatada no PREC fomentam a inveja entre diversos segmentados da população, para concentração do dinheiro num estado indolente em vez de uma sociedade civil vibrante. Sempre a correrem para o cimo dos impostos, contra a eficiência.

Assim queriam ainda mais impostos sobre tudo o que já foi comprado com impostos por esses 0.5% de portugueses mais ricos em fortuna. Exploremos um pequeno, mas ilustrativo exemplo de ódio PREC quer aos ricos quer a uma economia a girar espalhando riqueza pela sociedade toda: propunham taxar ainda mais os barcos de lazer. Haver em Portugal muitos barcos e criar muitos bons empregos ligados à construção naval e manutenção náutica, nem pensar que é pecado capital desde a “virtude” da destruição da Lisnave por alturas do PREC. O que queremos ainda e sempre, 50 anos depois, é uma “bela” e desolada Trafaria com os seus empregos desaparecidos. Continua a ser um horror para a impressa presa no PREC ter um barco, esse “luxo enorme” tão comum na classe media americana pouco taxada, mas tão raro e odiado no Portugal quase marxista hiper taxador, ao ponto de ter destruído a longa tradição náutica dos portugueses. Por exemplo, neste verão de 2024, alternámos entre o verão quente em Portugal e o verão mais fresco no nordeste dos EUA. Assim no lago de Winnipesaukee em New Hampshire ou no porto marítimo de Wickford em Rhode Island, víamos milhares de barcos de lazer por lá a navegar, muitos de descendentes de portugueses de classe média (carpinteiros, empregados de escritório, enfermeiros, etc). Por contraste desolador, em Portugal em locais comparáveis a esses dos EUA, como a Barragem de Castelo de Bode em Abrantes e Tomar, ou o Porto e Marina de Sesimbra, víamos pouco mais de algumas dezenas de barcos de lazer. Um lusitano em Portugal, ao contrário do seu primo luso-americano, não tem dinheiro para navegar, foi todo para impostos, logo não tem “pecados” como ter um barco e dar emprego a quem utilmente souber cuidar de barcos. Tem que entregar o dinheiro que poderia ter ido para isso ao estado e depois vê-lo esbanjar em, por exemplo, em ajustes diretos para escritórios de advogados inúteis cheios de políticos. É a vida “virtuosa” e “não egoísta” num país preso à pobreza mental e fiscal do passado.

Os barcos de lazer para “ricos” são apenas um exemplo do lusitano debaixo do jugo fiscal quase socialista marxista inamovível pior em todas as compras que o primo luso-americano no capitalismo. Passa-se o mesmo com os carros para famílias de classe media. Este verão notamos dolorosamente que enquanto um litro de gasolina custa cerca de 50 cêntimos nos EUA, aqui são quase 2 euros. 400% a mais! Neste verão considerámos comprar em Portugal um carro fiável de três filas de assentos para podermos transportar casal, dois filhos e sogros, incluindo por meios rurais com caminhos de terra. Primeiro pensámos, ingénuos, num todo o terreno Toyota Land Cruiser que nos EUA custa cerca de 50 000 euros (55950 dólares). Ficámos boquiabertos quando descobrimos que o mesmo carro cá vai custar 154 000 euros!!! 300% a mais devido a impostos! Pensámos então num mais económico Kia Sorento híbrido, que nos EUA custa 28 000 euros (31 900 dólares). Continuámos boquiabertos ao descobrir que cá também custava mais do dobro: 65 000 euros! Não por culpa do fabricante, mas de um estado luso gigante que não fabrica nada senão impostos. Resultado não comprámos nenhum carro novo em Portugal. Não espalhámos riqueza. Nos stands da Toyota portuguesa deve ser festa raríssima vender um Land Cruiser. Já nos EUA os vendedores vendem-nos como pães quentes, gerando mais comissões e dinheiro para gastarem no comercio do seu bairro, etc. A economia gira muito mais. Todos espalham riqueza!

Apesar de tudo isto não ouvimos comentadores políticos a anteciparem que se grandes fortunas, empresários de sucesso, profissionais liberais qualificados e produtivos, ou classe media em geral fossem ainda mais confiscados do tanto que já são (400% a mais em impostos principais, mais ainda por cima 300% a mais na compra de um carro, gasolina, etc. ) provavelmente todos emigrariam como já emigrou mais de 1 milhão desde o início deste seculo, levando consigo os seus conhecimentos técnicos ou de gestão, bem como a sua capacidade e esforço para gerar riqueza futura. Isto alem de poderem levar com eles o dinheiro que possuem e que ainda não tiver sido confiscado para desperdiçar sobretudo em benefícios para políticos e seus amigos. Só ouvimos sempre pedirem mais, mais e mais impostos.

Andamos a ouvir “os ricos que paguem a crise” desde que nascemos por altura do PREC. Passados cerca de 50 anos não passamos dessa mediocridade anti ricos e anti sociedade rica inculcada mesmo em políticos e comentadores que nasceram muito depois do comunismo ter tentado tomar Portugal e aparentemente ter triunfado mais do que o esperado. Não há nada que eles não queiram confiscar em impostos aos portugueses. Permanecem mentalmente atolados nessas areias movediças da paixão pela nacionalização, aparentemente intransponíveis. Ou seja, continuam na maioria a sonhar sempre com os amanhãs que cantam. Querem, nos atos em vez das palavras deles, tirar ainda mais terra a quem a trabalha. Arrasam empresas de forma ainda pior como quando arrasaram a Lisnave. Agora nem as deixam existir ou começar a desenvolverem-se. É que a esquerda sempre esteve sedenta de a todos confiscar, incluindo quer as empresas que poderiam acabar com pobres dando-lhes emprego quer os pobres. Isto sempre em suposto nome da redistribuição pelos pobres, claro, mas sobretudo pondo o tributo nas mãos de políticos incompetentes. Nenhum político de esquerda ganha eleições a dizer esforcem-se ainda mais por mim e pelos meus camaradas e familiares. Funciona melhor se disserem que é para ajudar pobres ou para melhorar o SNS. Ora nem a situação dos pobres nem o SNS melhoram. Os pobres esperam anos por consultas no SNS e os remediados considerados “ricos” fiscalmente, pelo menos 50% dos portugueses, alem de pagarem tantos impostos, ainda por cima são na prática duplamente tributados pois vêem-se obrigados a seguros privados para consultas rápidas.

Portanto, se a este desejo enorme de crescente confiscação do cidadão anónimo e trabalhador, aliarmos a corrupção, empregos desnecessários, mordomias inexplicáveis, incompetência na gestão de entidades publicas, e esbanjamento generalizado por parte dos políticos a que essa confiscação crescente de dinheiro alheio fácil leva, temos a receita para continuarmos a ser das sociedades mais pobres e menos produtivas da Europa, logo na cauda da mesma há décadas. Não há grande fortuna quanto mais profissional de classe media qualificado ou esforçado que aguente contente e dedicado, se se mantiver imobilizado em Portugal, alem de sustentar a sua família sustentar também famílias alheias inteiras de políticos e burocratas estatais, mais os protegidos, causas e negócios misturados com política deles.

Regra geral em vez de defenderem quem produz e trabalha, os comentadores políticos defendem políticos de esquerda (declarada ou mascaradamente) incompetentes, mas sorridentes. Isto porque a maioria desses comentadores não são profissionais liberais independentes ou empresários bem-sucedidos, nem sequer trabalhadores num modesto emprego privado, mas sobretudo gente imodesta ligada à ou dependente da política e do Estado, filhos e netos do PREC. A maioria dos comentadores apresentam altivamente sobretudo perspetivas praticamente idênticas e repetitivas, oriunda da esquerda radical dependente estatal. Mesmo muitos daqueles que invocam ser do centro ou direita são indiretamente estado dependentes. É seguir os favores do estado e poder. Tem o mesmo pensamento fixado na dependência estatal de um estado eucalipto que seque toda a riqueza financeira ao seu redor.

Esta lenga lenga miserabilista da classe politica e jornalista portuguesa, anti riqueza e pró pobreza de décadas tem-nos prejudicado a todos economicamente. O pais economicamente é tao pouco atrativo fiscal e financeiramente que os jovens entram nas faculdades já a pensarem em emigrar para onde possam prosperar e arrecadar o fruto do seu esforço, trabalho e mérito. Não ficam num pântano de esquerda que os maltrata. Vão para onde são tratados melhor; para países onde façam as suas próprias decisões sobre onde investir a maioria do suor do seu trabalho, em vez de o desbaratar em políticos incontinentes fiscalmente.

Tirando honrosas exceções como alguns atuais políticos da IL ou políticos presentemente afastados do poder no PSD como Passos e no PS como Seguro, alem de comentadores do Observador, pensamos que nem a chamada direita do PSD ao Chega, passando pelo CDS entende verdadeiramente que são precisas reformas profundas que levem a poupança e redução do estado, como eliminações de falsas fundações ou instituições públicas inúteis, redução do numero de deputados ou do batalhão de negócios ineficientes misturados com politica, etc. Só estas e mais profundas medidas nos permitiriam finalmente começarmos a evoluir, diminuir os impostos e fazer girar a economia, afastando-nos mentalmente do marxismo de 1975. Não precisamos de ainda mais impostos para estar aumentar ainda mais tantos vícios do obeso estado lusitano. Os impostos tornaram-se o açúcar em excesso que promove a diabetes estatal que leva a tantas complicações nas funções básicas do estado. Temos um estado que não perde peso nem se exercita.

Por exemplo o PS atual é um claro exemplo de regressão ao PREC assustadora. São quem mais tem governado e contribuído fiscalmente para o nosso infindável verão quente de 1975. Isto apesar dos seus fundadores terem lutado corajosa e inovadoramente contra um processo revolucionário que nos levasse ao curso do comunismo e demais extrema-esquerda. No entanto, o seu atual e anterior líder e direção não se cansam de papaguear as mesmas medidas dos líderes do Bloco, um partido oriundo da União Democrática Popular (marxista) e do Partido Socialista Revolucionário (trotskista). Regressão ao mesmo verão quente revolucionário radical de esquerda de sempre. Falta de inovação que leve a reformas e evolução para a prosperidade.

A governação atual social-democrata, apesar da maioria da população ter rejeitado na última eleição tal união de socialistas revolucionários agarrados ao passado e por isso lhe ter dado a vitória, sente-se obrigada a mais do mesmo. Parecem cortejar o mesmo pensamento empobrecedor da sociedade, aumentando o estado cada vez maior e inábil. Não cortam as amarras com o pensamento do passado, não emagrecem o estado, para deixar a sociedade portuguesa evoluir e ter melhores resultados económicos. Tentam tirar acolá muito naqueles contribuintes para dar ali poucochinho ou nada noutros, pois, entretanto, na suposta transferência de riqueza (na maioria das vezes simples transferência de remediados para pobres), muito se perde no monstruoso, ineficiente e doente estado incapaz de ser bom redistribuidor. A sociedade civil espalharia e redistribuiria entre si e na economia muito melhor o excesso de impostos que lhe é retirado. É isso que vemos acontecer nos EUA a toda a hora.

Porque é que verão após verão que vimos a Portugal de férias para o social-marxismo lusitano vindos do trabalho no capitalismo dos EUA, este pensamento ideológico-económico preso no passado não muda nem evolui para melhor, até piorando em certos partidos? Porque é que 50 anos depois dos cardos e espinhos comunistas, socialistas marxistas, trotskistas, e respetivos chavões do PREC, a sociedade continua com eles espetados na carne? Porque não os arrancamos? Porque deixamos os marxistas fiscalistas económicos controlarem quase exclusivamente a informação nos nossos principais jornais e canais de televisão? Porque é que mesmo as famílias empresariais donas desses órgãos de comunicação não tem vergonha de controlarem a informação ao ponto de só promoverem tal fiscalidade quase marxista anti qualidade de vida e prosperidade dos Portugueses? Porque é que a nossa economia nunca floresce e permanece queimada em relação aos países prósperos? Quantas décadas mais vai levar para finalmente percebemos ou pelo menos debater que países ricos como a América, Suíça, ou Luxemburgo raramente estão em crise e não são pobres precisamente porque tem muita gente rica e empreendedora, incentivada fiscal e salarialmente a criarem empresas ou serem os melhores do mundo na sua profissão, aumentando a produtividade e prosperidade geral?

Pensamos que está mais que na altura de evoluirmos no pensamento ideológico. Precisamos mudar o eterno slogan vindo do PREC “dos ricos que paguem a crise” para, por exemplo, “deixem haver ricos que criem e espalhem riqueza!” Terminaremos assim e finalmente um longíssimo verão quente que dura há cerca de 50 anos. Mais frescura pragmática e menos calor ideológico anacrónico seriam bem-vindos pelas crianças e novas gerações nascidas depois do PREC, mas por ele ainda tão prejudicadas economicamente e a vários outros níveis. Por exemplo com fraca educação pública e difícil acesso a saúde no publico começando logo no nascimento, com poucas maternidades abertas no verão, ou tendo de emigrar para bem longe da terra dos avós ou já nascer no estrangeiro, filhos de milhões de país refugiados económicos. Fazemos, portanto, votos que 2025 nos traga um verão mais fresco na temperatura e no pensamento ideológico-económico-fiscal vigente de esquerda radical. Basta de terra queimada, quer climática quer economicamente.