O primeiro ministro belga Elio di Rupo é a prova do contrario. Na passada segunda-feira, depois de concluir mais um dia de trabalho na sede da Comissão Europeia, em Bruxelas, Elio di Rupo encontrava-se num ginásio no centro da capital belga, quando um ladrão — ou um grupo de ladrões — assaltou a sua viatura oficial, aproveitando a ausência do motorista que se encontrava numa livraria próxima. Os assaltantes levaram o seu portátil e vários documentos de trabalho.

Um porta-voz do primeiro ministro belga confirmou esta quinta-feira o assalto, mas negou que o computador portátil roubado tivesse informação confidencial, como foi noticiado por vários meios de comunicação belgas, que especularam que o dispositivo roubado continha informações sigilosas sobre a família Real belga. Para além do portátil e dos documentos de trabalho, o ladrão ou ladrões levaram uma camisa branca, um modem USB e um carregador de telemóvel. De acordo com fontes do governo, os documentos que se encontram no disco rígido estão protegidos e foi o próprio Di Rupo a apresentar queixa na esquadra.

Será que os assaltantes estavam à procura de algum documento em particular? Ou será que apenas desconheciam que aquele era o carro oficial do primeiro ministro? As respostas a estas perguntas vão ter de esperar, visto que a investigação policial ainda está numa fase inicial e não há qualquer suspeito. O belga já é repetente neste tipo de situações. Há menos de um ano, o seu computador foi invadido por hackers chineses.

Elio Di Rupo conseguiu dar estabilidade a um país que, até sua chegada, esteve um ano e meio sem governo — conseguindo transmitir a imagem de um homem comum, ao contrário da maioria dos homólogos europeus. Mas talvez agora a dispensa de proteção policial seja repensada.

 

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