Inteligência emocional: reconhecer sentimentos ou emoções em si e nos outros, saber geri-los, utilizá-los para se automotivar e aplicá-los nas diversas relações que desenvolve. Se conseguir dominar estas quatro características, então é provável que atinja objetivos e seja produtivo, ou seja, um profissional de sucesso, segundo o psicólogo Daniel Goleman, autor do best-seller “Inteligência Emocional” e professor em Harvard. Há cérebro no coração?

Pode não ser uma questão de Coeficiente de Inteligência (QI), mas de controlo de emoções – aquilo que distingue um bom de um mau líder, um profissional com bom desempenho de outro com pior, um colaborador mais eficiente de outro. O que é certo é que, para Goleman, quanto mais os negócios dependem das relações interpessoais, mais importante é que os líderes sejam emocionalmente inteligentes.

Travis Bradberry, autor de outro best-seller, o “Inteligência Emocional 2.0”, concorda. Num artigo que assina na Forbes, explica que o impacto que a inteligência emocional pode ter no sucesso profissional das pessoas é “imenso”. E sustenta a teoria com estudos: numa análise que compara a inteligência emocional a outras 33 competências laborais, a TalentSmart descobriu que a primeira é o indicador mais forte do nível de desempenho, com o sucesso a atingir os 58% – em todos os tipo de trabalho – em pessoas que detenham esta capacidade.

“Descobrimos que 90% das pessoas com maiores níveis de desempenho também têm elevados níveis de inteligência emocional. Por outro lado, apenas 20% daqueles que têm um nível mas baixo de desempenho, são altamente inteligentes no que toca às emoções. É possível que chegue ao topo sem ser emocionalmente inteligente, mas as probabilidades são escassas”, escreve.

O autor refere ainda que a ligação entre o coração – ou a forma como a mente gere o coração – e os salários é tão direto que a cada subida numa espécie de ranking da inteligência emocional acrescem 1.040 euros por ano. E o que é que faz com que estas pessoas conheçam mais de perto o sucesso? Os hábitos que têm, diz a Fast Company.

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Conheça os hábitos das pessoas altamente inteligentes a perceber, gerir e utilizar as emoções

Autocontrolo. Não perca energia com o que não pode controlar

Pessoas emocionalmente inteligentes mantém o foco naquilo que é positivo, ou seja: não perdem muito tempo e energia a pensar nos problemas que têm. Contudo, não ignoram as más notícias, apenas tentam ver o que podem retirar de positivo de todas as situações. O foco destas pessoas está naquilo que conseguem controlar e no que são capazes de fazer.

Rodeie-se de pessoas positivas. Não perca tempo com queixas

Pessoas emocionalmente inteligentes não perdem muito tempo a ouvir as queixas dos outros e tendem a evitar as pessoas que têm posturas mais negativas. Porquê? Porque têm consciência de que as pessoas negativas são um condutor de energia e não estão dispostas a deixar que os outros esgotem a sua vitalidade. O que não tem de ser um problema, visto que, segundo a publicação, as pessoas negativas também tendem a evitar as positivas. É que o drama não gosta de estar sozinho.

Construir barreiras. Também é preciso ser firme

Pessoas emocionalmente inteligentes sabem ser assertivas quando a situação o exige. Mas não descuram na atenção que dão às coisas. Logo, não criam inimizades sem necessidade. A sua resposta às situações em que pode surgir um conflito é medida, não insufladas e pensada. O truque está em dar a si próprio tempo para acalmar as suas emoções antes de falar.

O regresso é só ao futuro. O passado já lá vai

Pessoas emocionalmente inteligentes passam tanto tempo a fazer planos e a trabalhar para o futuro que ficam sem disponibilidade para remoer nos assuntos do passado. Aprendem com as experiências fracassadas e utilizam essas lições para seguirem em frente. Neste tipo de pessoas, o falhanço não é interpretado como o reflexo pessoal ou permanente daquilo que são.

A felicidade pode estar em qualquer lado. É preciso é procurá-la

Pessoas emocionalmente inteligentes sabem o que lhes dá prazer e faz feliz e procuram essas coisas em tudo o que fazem, seja no trabalho, em casa ou com amigos. Ficam felizes quando vêm os outros felizes e não se inibem de fazer o que for necessário para alegrar o dia das outras pessoas.

A energia é o ingrediente secreto. O segredo está em saber aplicá-la

Pessoas emocionalmente inteligentes escolhem não guardar rancor das pessoas, independentemente da forma como forma tratados. Utilizam essa informação para aprender a lidar com o futuro e a não deixar que as situações se reproduzam. Há erros que não se repetem duas vezes? Contudo, isto não quer dizer que se tenham esquecido dos desentendimentos. Apenas preferem resolvê-los de outra maneira.

Aprender hoje e sempre. Mentes abertas fazem crescer

Pessoas emocionalmente inteligentes são estudantes para toda a vida. Em crescimento contínuo, estão recetivos a novas ideias e sabem que têm muito para aprender com todos aqueles com que se relacionam. Críticos, gostam de adquirir informação nova e confiam em si próprios para tomarem as decisões certas.