O presidente do PSD e primeiro-ministro disse este domingo que se tivesse seguido outra estratégia no Governo, Portugal estaria como a Grécia, onde se fala em crise humanitária, e sublinhou que os “cofres vazios” do Estado custaram desemprego e sacrifícios.
“Não podemos deixar de observar que foi justamente o caso político que seguiu a estratégia que os nossos adversários defenderam aquele que não consegue nem fechar a ajuda externa nem fechar a crise económica e social e que, de crise política em crise política, aparece dramaticamente a pedir ajuda e a falar em crise humanitária”, disse Pedro passos Coelho, no encerramento do congresso do PSD/Açores, na Ribeira Grande.
Para Passos Coelho, a situação grega dá “uma boa pista” do estado em que estaria Portugal se o Governo tivesse dado atenção a quem reiteradamente, nos últimos três anos, condenou o executivo por insistir em cumprir o memorando da ‘troika’ e vaticinou que isso seria impossível de fazer ou arruinaria o país, reclamando outras vias, como a reestruturação da dívida, a renegociação do acordo com a ‘troika’ ou um pedido de “mais tempo e mais dinheiro”.
“Agora há quem fique ofendido porque a ministra das Finanças disse que tínhamos os cofres cheios. Deviam ficar ofendidos de saber que quando cá chegámos [ao Governo] os cofres estavam vazios, não havia lá um tostão. Nessa altura sim, onde estão? Acham que é um insulto aos portugueses que estão desempregados dizerem que temos os cofres cheios. O que é que significou para os portugueses todos nestes anos ter os cofres vazios? Custou muito desemprego, muita medida difícil”, afirmou.