Os bordeis da Alemanha “precisam” de uma pessoa credível para avaliar a qualidade dos estabelecimentos no país. É assim que começa o artigo publicado no Elite Daily e que dá conta daquilo que pode ser considerado, no mínimo, um trabalho original. Uma rede social alemã destinada a prostitutas, clientes e donos de bordeis em todo o mundo está à procura de um “avaliador de bordeis” para averiguar a qualidade do serviço, a limpeza e a prática de sexo seguro nas casas de prostituição em Berlim.
A Kaufmich.com, que traduzido para português quer dizer “Compra-me”, traçou um perfil muito completo do candidato (ou candidata) ideal. Este deverá ser licenciado, preferencialmente com formação na área ou na indústria hoteleira e ter experiência de vários anos em bordeis na condição de visitante. Aparência cuidada, certificado de saúde, ser comunicativo e gostar de trabalhar com pessoas são também características que trazem valor acrescentado ao currículo. Ser fluente em alemão e numa língua adicional — a preferência recai sobre o francês — é também um requisito, sendo que a prática de sexo seguro é um procedimento obrigatório associado à vaga.
As relações sexuais são, no entanto, apenas uma parte do trabalho, já que o foco é avaliar a qualidade e os standards dos estabelecimentos. Além disso, o candidato terá de dar uma pontuação às prostitutas, uma avaliação que será posteriormente tornada pública na respetiva rede social (a qual faz parte de um grupo internacional com mais de 120 funcionários espalhados pela Alemanha, China e Espanha).
Um responsável pela plataforma online, citado pela CNBC, explicou que ter um bordel na Alemanha é completamente legal, mas que, até agora, não existe um sistema de qualidade em vigor. “Nós queremos ser o Tripadvisor dos bordeis”, assegurou Ben que, por não querer ser identificado, recusou-se a dar o respetivo apelido. “Os clientes do Kaufmich poderão verificar a qualidade dos bordeis antes de os frequentarem — tal como se verifica o hotel online antes de se fazer a reserva”, acrescentou.
Até agora contam-se cerca de 150 candidatos à vaga, a maior parte deles proveniente da Alemanha. Mas há também currículos a chegar da Bélgica, Holanda e Reino Unido. E se no início o trabalho apenas contempla a cidade de Berlim, a intenção futura é chegar aos bordeis de todo o país. Acrescente-se que a prostituição e os bordeis são legais na Alemanha, com os profissionais do sexo a pagar impostos e a ter direito a seguro de saúde, entre outros benefícios sociais.