O Ministério da Administração Interna vai abrir um inquérito às agressões no final do jogo entre o Vitória de Guimarães e o Benfica, na cidade berço. Nas imagens divulgadas pela CMTV vê-se um polícia a agredir dois homens à frente de uma criança.

As imagens chocaram o país e agora o MAI vai abrir um inquérito ao sucedido. Entretanto o Expresso dá conta que o polícia envolvido já foi identificado. Trata-se de Filipe Silva, comandante da esquadra de investigação criminal de Guimarães e que já trabalhou na esquadra de Rio de Mouro.

Segundo aquele jornal, o auto dos incidentes, escrito pelo subcomissário envolvido nas agressões, diz que o adepto do Benfica cuspiu-lhe na cara e injuriou-o.

 

O MAI ordenou à Inspeção-Geral de Administração Interna a abertura de um inquérito sobre os incidentes em Guimarães mas também em Lisboa, com um prazo de 30 dias.

O Ministério Público determinou também a abertura de um inquérito de investigação criminal ao caso das agressões registadas no domingo em Guimarães, que envolveram a PSP e dois populares.

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Sónia Carneiro, advogada do homem agredido, disse à Lusa que o seu cliente foi constituído arguido, tendo ficado apenas sujeito a termo de identidade e residência, a mais leve das medidas de coação.

“O Ministério Público entendeu que não tinha elementos suficientes para submeter o meu cliente a julgamento, pelo que vamos ter um inquérito que seguirá os seus trâmites normais”, acrescentou.

Os incidentes registaram-se no domingo, no final do jogo de futebol que opôs o Vitória de Guimarães ao Sport Lisboa e Benfica.

Em declarações a CMTV e ao Jornal de Notícias, o homem agredido, José Magalhães, que foi identificado e constituído arguido, conta que estava a dizer ao polícia que a atuação das autoridades tinham feito um mau trabalho. Foi agredido em frente aos dois filhos menores, de 9 e 13 anos, e do avô das crianças, também ele agredido.

Entretanto, o presidente do SL Benfica, Luís Filipe Vieira, condenou, em comunicado, os atos de violência.