Na Grécia em crise financeira há quem brinde com garrafas de champanhe de 120 mil euros. Acontece na ilha de Mykonos, destino turístico de verão muito apreciado por turistas de carteira recheada.

A braços com uma crise financeira, e na expectativa de conseguir uma reestruturação de dívida com perdão parcial, a Grécia tem tido poucos motivos para brindar. É por isso que frequentar Mykonos nesta altura pode parecer paradoxal. No menu do restaurante Nammos, junto à praia de Psarou, está um dos itens que mais contribuirá para o choque de realidades: a garrafa de champanhe Armand De Brignac Methuselah Midas, pela “módica” quantia de 120 mil euros.

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Uma das garrafas Armand De Brignac da carta do restaurante Nammos. A garrafa mais cara está guardada. ©www.facebook.com/nammos.mykonos

Do menu constam vários champanhes luxuosos. Não se sabe, no entanto, se este verão o Nammos já passou uma fatura de 120 mil euros a algum cliente.

Um grego que receba o salário mínimo, atualmente fixado em 586 euros mensais, teria de esperar 204 meses para poder pagar a luxuosa garrafa. Seriam 17 anos a juntar para o brinde.

“Embarque na descoberta de um mundo fascinante onde o glamour convive com a simplicidade. Em Mykonos, as celebridades, os estudantes universitários e as famílias celebram juntos o verão grego”, pode ler-se no site “Visit Greece“, de promoção turística o país. A menos de 200 quilómetros, o cenário é muito diferente de uma brochura turística. Na capital, Atenas, o governo procura desesperadamente uma solução até domingo para evitar uma saída da Zona Euro.

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