O mundo sempre esteve em mudança. Ao longo do tempo, o clima do planeta Terra sofreu variações significativas: em 650 mil anos, houve sete ciclos glaciares. O último aconteceu há sete mil anos, informa a NASA, e foi graças a ele que a civilização humana se desenvolveu.
Mas há uma diferença fundamental entre as mudanças que a Terra atravessou há milhares de anos e aquela a que hoje assistimos. As últimas mudanças extremas no clima terrestre foram provocados por fatores naturais, desde variações na órbita terrestre até à quantidade de energia solar que atravessava a atmosfera. Agora é o ser humano que está a induzir as mudanças na Terra.
Desde há dois séculos que temos noção do efeito dos gases de estufa – nomeadamente do dióxido de carbono. As técnicas aperfeiçoadas da NASA permitiram descobrir como, depois disso, os raios infravermelhos e ultravioletas se tornaram capazes de atravessar a barreira protetora da Terra e afetar os seres vivos. Esses gases têm sido lançados através das indústrias e das tecnologias. A vida humana tornou-se tão dependente destas fontes energéticas que o podemos estar perto de um ponto sem retorno.
Há sete preocupações essenciais na lista dos grandes problemas ambientais da atualidade.
O primeiro é a subida do nível da água do mar: em cem anos avançou 17 centímetros e na última década este valor duplicou, o que tem alterado as linhas costeiras dos países banhados pelo mar e prejudicado gravemente a vida no litoral.
Segue-se o aumento da temperatura global. Os termómetros têm subido desde 1880, mas o mundo ficou mais muito mais quente desde a década de setenta. Os últimos vinte anos têm sido ainda mais alarmantes, porque a temperatura continua a subir apesar da exposição aos raios solares ter diminuído.
Em consequência, surge mais um problema: o aquecimento da água dos oceanos, que tem absorvido mais energia solar do que antigamente e prejudicado gravemente a sua fauna e flora, bem como, face à alteração das correntes marítimas, o clima do planeta.
Surge então o quarto problema: os calotes polares e os glaciares têm derretido, ameaçando a vida dos ursos polares e de outros animais que dependem de ambientes gelados para viver. Na verdade, esta é uma realidade que não é exclusiva dos polos, mas também de lugares mais altos como os Alpes, os Himalaias, os Andes ou o Alasca. O gelo tem deixado de cobrir certas regiões, algo prejudicial para a flora e para a fauna que depende dos solos frios.
Há outras duas preocupações na agenda ambiental: os acontecimentos climatéricos extremos têm aumentado, com grandes inundações, ciclones e secas a fustigar vastas áreas do mundo. Se um lado do mundo se debate com secas que matam pessoas, animais e plantas, o outro lado atravessa chuvas intensas e cheias devastadoras.
E há ainda que contar com a acidificação da água dos oceanos em 30%, algo que acontece desde a Revolução Industrial devido à emissão descontrolada de dióxido de carbono.
Todos estes dados são, na verdade, bastante visíveis. E isso é o que está demonstrado na fotogaleria acima. Ora veja.