Lançado há seis meses para permitir aos utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) perceberem se esperaram demasiado nas urgências dos hospitais, este simulador foi usado por cerca de 350 utilizadores.

Das situações analisadas nesta ferramenta online, em 66% dos casos os utentes dirigiram-se à urgência por considerarem a sua situação grave, mais de 8% porque foram reencaminhados pela linha Saúde 24, quase 7% foram ao hospital por não conseguirem consulta com o médico de família e os restantes por não conseguirem consulta no centro de saúde ou porque este se encontrava fechado.

A pulseira verde foi a atribuída em 24% das situações simuladas na ferramenta da Deco, a pulseira amarela a 46%, enquanto quase 15% receberam pulseira laranja ou vermelha. As outras situações corresponderam a pulseira azul ou a desconhecimento dos utentes da cor atribuída na triagem.

Em 56% dos casos (185), a espera foi superior ao recomendado pela triagem de Manchester, com o maior tempo de espera registado a ser de 740 minutos (12 horas). Contudo, a média de espera foi de 150 minutos.

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Nas situações em que o tempo de espera foi ultrapassado, a maioria dos utentes encontrava-se com pulseira amarela (48%) ou com pulseira verde (25%).

Os dados inseridos neste simulador da Deco são anónimos e enviados às autoridades quando se detetam casos fora do normal, numa forma de tentar pressionar as autoridades a melhorarem o serviço.

Baseado em critérios acordados a nível internacional, a triagem de Manchester permite avaliar o risco clínico do utente e atribuir um grau de prioridade, através da cor de uma pulseira, que pode ir do vermelho (situações de emergência, cujo atendimento tem de ser imediato) ao azul (identifica as situações não urgentes, cuja espera se admite até quatro horas).

Nos casos de pulseira amarela o primeiro atendimento não deve demorar mais de 60 minutos, e no caso da pulseira verde a recomendação é que não vá além de 120 minutos (duas horas).