A Greenpeace realizou uma investigação onde detetou substâncias tóxicas “perigosas para a saúde” em roupa de montanha pertencentes a marcas de primeira linha como a The North Face, Columbia, Patagonia, Mammut e Haglöfs.

De acordo com a organização, que apresentou os resultados do trabalho na primeira feira de equipamento de montanha do mundo em Munique, estas empresas utilizam “compostos tóxicos como os  PFC (per e poli fluorocarbonos)” para tornar os materiais de abrigo exterior impermeáveis.

Para chegar a estas conclusões, a Greenpeace utilizou 40 produtos adquiridos em 19 países diferentes e analisou-os. A análise permitiu identificar a presença de PFC não só na roupa, mas também em calçado, tendas de campanha, mochilas, cordas e até em sacos de cama. Em 18 destes, a presença da substância foi descrita como “muito alta” (a maioria da The North Face) e apenas quatro não registaram a presença dos tóxicos.

O relatório da organização explica que “os PFC são compostos químicos que não existem na natureza, mas que quando chegam ao meio ambiente degradam-se lentamente, dispersam-se e alcançam a cadeia alimentar. Foram encontrados em alguns dos lugares mais remotos do planeta e em animais como golfinhos, nos fígados de ursos polares e inclusivamente no sangue humano”.

Pouco tempo depois da publicação destas conclusões, a The North Face anunciou que iria tentar eliminar por completo os PFC até 2020, data que a Greenpeace não considerou “suficientemente ambiciosa” por implicar “mais cinco anos de contaminação ambiental irreversível”.

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