O ex-primeiro-ministro e fundador do PSD, Francisco Pinto Balsemão, comparou a atual situação política do país com “uma corrida de cavalos”, em declarações no programa “A Três Dimensões”, da Rádio Renascença. Para esta metáfora, o antigo presidente do PSD escolheu dois coches. Por um lado, há o de António Costa, que é “difícil de governar” e, por outro, o de Pedro Passos Coelho. Quanto a este, Pinto Balsemão disse que tem “os cavalos um pouco cansados” e que o seu cocheiro está “frustrado” depois de “ter ganho a última corrida e não ter tido os louros”.

O ex-primeiro-ministro tornou a insistir na metáfora da “corrida de cavalos”, dizendo que será conhecido o vencedor entre Passos Coelho e Costa “quando se começar a preparar o Orçamento para 2017”. Nessa altura, diz, o “comissário de pista vai ser a União Europeia”.

Até lá, Pinto Balsemão referiu que Passos Coelho precisa “de renovar o seu pessoal” e também “de um regresso às raízes social-democratas”.

Para já, Passos Coelho move a sua campanha para as eleições diretas do PSD sob o slogan “social-democracia sempre”. Não porque se tenha afastado delas (ideia que Balsemão deixa implícita, ao defender um “regresso”), mas porque defende que nunca se afastou da social-democracia. “Mesmo nas medidas de austeridade que adotámos fomos sempre sociais-democratas”, defendeu Passos Coelho num encontro com jornalistas a 4 de fevereiro.

Sobre o slogan de Passos Coelho, Pinto Balsemão disse que “dentro desse slogan” é preciso ter “ideias mais concretas”, acrescentando que “há muito trabalho já feito para modernizar a social-democracia”.

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