Foi ao Terreiro do Paço esta semana e viu muitos polícias armados com metralhadoras e shotguns? O mesmo no Chiado e nas Amoreiras? Não, não se passou nada de especial, nem o nível de alerta subiu. Está apenas a assistir a um “policiamento de saturação”, explicou ao Observador o intendente Hugo Palma.

“A PSP, atenta ao que se passa e à conjuntura recente, de atentados, e à semelhança do que já tinha feito no Natal e Passagem de Ano, decidiu aumentar a visibilidade e desde o início desta semana que tem equipas mistas espalhadas pelas cidades de Lisboa e Porto”, acrescentou o porta-voz da PSP, falando numa “mudança de paradigma”.

Por equipas mistas entendem-se equipas constituídas por cerca 20 agentes – entre agentes da unidade especial de polícia, da intervenção rápida, da prevenção e reação imediata, policiamento local e elementos à civil apeados ou na viatura – presentes nas cidades de Lisboa e do Porto, nos locais de maior concentração de pessoas. Há várias equipas a trabalhar, em vários horários.

O objetivo é causar esse impacto visual. É também um elemento dissuasor. E pretende-se ainda transmitir segurança, à semelhança do que acontece noutras capitais europeias”, justificou o intendente Hugo Palma.

Até aqui, o policiamento de proximidade era mais discreto e os polícias trabalhavam de forma dispersa: uma equipa de intervenção rápida no Chiado, patrulha na Baixa, e por aí em diante.

O porta-voz da PSP frisou porém que “não temos qualquer aumento do nível de ameaça”. “Não existem de momento ameaças concretas ou dados que apontem para algum tipo de risco maior para o território português”.

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