O PSD está a aguardar as conclusões da subcomissão parlamentar de Ética sobre a contratação de Maria Luís Albuquerque por uma empresa de gestão de dívida. Marco António Costa não se quis ir além do “está a aguardar”, quando confrontado com a notícia do Expresso, sobre os benefícios fiscais recebidos por duas empresas que fazem parte da Arrow Global, a entidade onde a ex-ministra das Finanças será administradora não executiva.

“Vamos aguardar pelo fim dos trabalhos e ver se subsistem dúvidas”. Esta foi a resposta do vice-presidente do PSD, confrontado pelo Observador sobre se a notícia adensa as dúvidas relativas à contratação da ex-ministra. Marco António Costa referia-se à avaliação requerida pela própria Maria Luís Albuquerque à subcomissão de Ética sobre se existe alguma incompatibilidade entre a sua contratação e os atuais e antigos cargos políticos, o cargo de deputada e de ex-ministra das Finanças.

De acordo com o que foi avançado no site do Expresso, as duas empresas adquiridas pela Arrow Global em Abril do ano passado, a Gesphone e a Whitestar Asset Solutions, tiveram benefícios fiscais na ordem dos 381,7 mil euros entre 2012 e 2014. Na semana passada, perante a polémica, a Arrow veio garantir que a “antes da aquisição, a Arrow e a Whitestar não tinham qualquer relação de negócios em conjunto” e que “antes da sua nomeação, Maria Luís Albuquerque não esteve envolvida em qualquer transação comercial ou acordo envolvendo a Arrow ou a Whitestar”.

A subcomissão parlamentar de Ética reuniu-se ontem, à porta fechada, para discutir o caso das eventuais incompatibilidades da agora deputada. O BE e o PCP exigiram informações sobre se houve ou não benefícios fiscais recebidos pela empresa de Maria Luís Albuquerque durante o tempo em que era ministra.

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