Marcelo Rebelo de Sousa mostrou solidariedade para com os belgas e apelou aos valores da democracia como arma contra o terrorismo, num dia em que houve “um ataque cego e cobarde, que atingiu o coração da Europa”. Foi assim que o Presidente da República se referiu, esta manhã aos atentados em Bruxelas. Marcelo fez, pela primeira vez, uma declaração em Belém, depois de receber os cumprimentos dos líderes parlamentares e do Presidente da Assembleia da República. E defendeu que esta é altura de “reafirmar” os valores essenciais.

“O que nos une é a luta pela democracia, liberdade e direitos humanos. É nos momentos crucias de crise aguda que sentimento a necessidade de reafirmar esses valores”, disse logo no início da intervenção.

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Aos jornalistas, Marcelo Rebelo de Sousa reforçou a mensagem, dizendo que sem um desenvolvimento económico, a paz fica mais difícil: “É tão importante o apelo aos nossos valores, aos valores da liberdade, democracia e direitos humanos que é neste instante a ocasião de os reafirmar. A construção da paz, a construção de um mundo com mais desenvolvimento económico e mais justiça social, mas também a segurança das pessoas e a segurança dos bens são indissociáveis”, disse.

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“Não há segurança se não houver a construção da paz”, reforçou.

Marcelo contou ainda que transmitiu uma mensagem de “pesar, repúdio e a solidariedade do povo português” aos reis belgas e afirmou que está a seguir a situação, incluindo a situação da portuguesa ferida nu dos ataques.

António Costa: “Combate ao terrorismo é de longa duração”

O primeiro-ministro, António Costa, defendeu esta manhã que tem de haver mais mobilização no combate ao terrorismo, que tem de começar com uma intervenção nos bairros periféricos. Durante uma visita à Madeira, o chefe do Governo falou aos jornalistas para reagir aos atentados em Bruxelas. Disse Costa que este atentado mostra que “este combate ao terrorismo tem de nos mobilizar a todos e é de longa duração”, uma mensagem repetida.

“Não é um combate que se resolva rapidamente. Pelo contrário, exige trabalho em profundidade, cooperação internacional cada vez mais forte, mas também com a promoção do diálogo intercultural e com uma intervenção profunda naquilo que são as periferias, bairros críticos”, disse António Costa Acrescentando que esta inserção tem de ser feita “porque há um problema de inserção que é preciso resolver de forma a termos sociedade com maior sentimento de segurança”, defendeu.