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Brasil. Protestos contra a violação da jovem de 16 anos

Este artigo tem mais de 5 anos

Movimentos contra a violação da jovem de 16 anos e contra a violência que afeta as mulheres têm-se manifestado nas redes sociais e agora também nas ruas. Dilma Rousseff e Michel Temer também reagiram.

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A alegada violação de uma jovem de 16 anos por mais de 30 homens no Brasil tem motivado uma onda de protestos nas redes sociais e esta sexta-feira os manifestantes saíram à rua. Os ativistas, especialmente no Rio de Janeiro — onde terá acontecido a agressão –, prometem ações diárias até dia 4 de junho.

https://twitter.com/mrcoaurelio/status/736315646204612608

Foi pelas redes sociais que se descobriu o que tinha acontecido à jovem, porque algumas imagens da agressão teriam sido divulgadas pelos agressores. Foi nas redes sociais que nasceram movimentos de apoio a esta vítima e a todas as mulheres vítimas de violência — #EstuproNuncaMais. Mas também foi por este meio que se multiplicaram os comentários de utilizadores que acusavam a jovem de ser a responsável pela violação. E, depois, a contra resposta: #estupronaoéculpadavitima.

Dilma Roussef, a Presidente brasileira afastada do cargo, também se manifestou no Facebook repudiando a violência contra a jovem e contra as mulheres em geral. E apelou à punição dos responsáveis.

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O Facebook de Dilma Rousseff está carregado de mensagens de repúdio à violência contra as mulheres e um apelo a que se coloque um filtro na fotografia de perfil: “Eu luto pelo fim da cultura do estupro”.

Michel Temer, o presidente interino do Brasil anunciou a criação de um departamento na Polícia Federal para combater crimes contra a mulher, noticiou o jornal El País Brasil. Michel Temer terá também pedido a intervenção do ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, que vai reunir com todos os secretários de Justiça dos Estados na próxima terça-feira.

A jovem já foi ouvida pela polícia e sujeita a exames médicos — teve uma hemorragia e uma rutura da bexiga. Também ela usou as redes sociais para agradecer o apoio que tem recebido. “Não dói o útero, dói a alma”, disse.

A cada 11 minutos, uma mulher é violada no Brasil, segundo o 9º Anuário Brasileiro de Segurança Pública, cujos dados mais recentes são de 2014, noticiou o El País Brasil. Só nesse ano, foram abusadas 47,6 mil pessoas. O jornal lembra um caso de há um ano: quatro jovens que, depois de uma violação em grupo em Castelo do Piauí, foram atiradas de um penhasco. E ainda, na véspera da violação da jovem no Rio de Janeiro, um homem de 18 anos e quatro adolescentes estupraram uma menina de 17 anos em Bom Jesus. Ela tinha estado a beber com os agressores antes da violação e foi encontrada ferida e amordaçada.

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