789kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

Obras de Vhils destruídas para dar lugar ao novo terminal de cruzeiros de Lisboa

Este artigo tem mais de 5 anos

Construção do novo terminal de cruzeiros de Lisboa levou à destruição de vários edifícios junto ao rio. Um deles tinha três peças consideradas um expoente de arte urbana na capital.

2 fotos

Um edifício que tinha três murais concebidos pelos artistas urbanos Vhils e PixelPancho foi demolido recentemente na zona de Santa Apolónia, em Lisboa. É para este local que está previsto o novo terminal de cruzeiros da capital, cujo projeto já previa a demolição de uma série de edificações à beira rio.

casa vhils, obras, lisboa, avenida infante dom henrique, jardim do tabaco,

Era aqui que estava a pequena casa onde Vhils e PixelPancho trabalharam (Fotografia: FÁBIO PINTO/OBSERVADOR)

As três obras foram realizadas por Vhils, artista português, e PixelPancho, italiano, em novembro de 2013, num edifício existente no Jardim do Tabaco, em frente à Alfândega de Lisboa. Nessa altura já era conhecido o projeto do novo terminal de cruzeiros, da autoria de Carrilho da Graça, para aquele sítio. Aliás, o início dos trabalhos chegou a estar previsto para 2014, mas a obra foi-se atrasando e só arrancou no fim de 2015.

O Observador questionou o Porto de Lisboa sobre este tema, mas não obteve respostas até ao momento.

Os três murais foram feitos com recurso a uma técnica mista de escultura e pintura. Vhils foi responsável por esculpir as paredes, dando-lhes a configuração humana que replicou em várias outras paredes de Lisboa e de todo o mundo. Já PixelPancho fez a pintura. Os murais mostravam homens com características robóticas em diferentes situações: a segurar um barco destroçado, a fazer a tradicional saudação dos capitães de mar e a abraçar uma mulher que parece uma boneca.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

A colaboração entre Vhils e o artista italiano foi proporcionada pela plataforma de arte urbana Underdogs, que há vários anos dinamiza este tipo de expressões artísticas em Lisboa. A capital portuguesa é, aliás, considerada uma referência mundial de arte urbana. Recentemente houve mesmo um festival dedicado a intervenções deste género no Bairro Padre Cruz, em Carnide.

Em resposta ao Observador, a responsável de comunicação da plataforma Underdogs explica que “a intervenção foi realizada com a consciência de que seria temporária” e que isso não preocupa os artistas. “Cada peça tem o seu tempo de vida. Consideramos que esta dimensão de efemeridade acaba mesmo por enaltecer a arte que produzimos, na medida em que lhe dá um caráter mais orgânico e a aproxima do nosso próprio tempo de vida.”

A plataforma enaltece ainda o trabalho da Câmara Municipal de Lisboa na promoção da arte urbana. Foi, aliás, com a concordância da autarquia que estes murais de Vhils e Pixel Pancho foram feitos naquele local. Esta obra conjunta “acaba por antecipar metaforicamente essa mesma temática da destruição. Achamos que foi um final justo e poético”, disse a responsável pela comunicação da Underdogs.

Na segunda-feira, depois da demolição do edifício, Vhils publicou uma fotografia no Facebook com a legenda “Nothing Lasts Forever” — “nada dura para sempre”. Muitos seguidores do artista naquela rede social lamentaram a destruição dos murais, considerando-os como dos melhores exemplos de arte urbana em Lisboa. Outros frisaram que esta é uma arte efémera, sujeita às mudanças naturais de uma cidade.

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora