O Kremlin considerou “absurdas” as acusações feitas sobre a Rússia durante a campanha presidencial dos Estados Unidos e que estas revelam uma “utilização maníaca” da imagem do país.
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que o Governo russo deteta “tentativas de uso obsessivo da utilização da Rússia na campanha eleitoral dos Estados Unidos”, quando foi dito que teria pirateado o serviço de e-mail do Comité Nacional Democrático.
“Essas informações absurdas foram imediatamente desmentidas pela família do muito conhecido candidato à eleição presidencial”, disse hoje à agência noticiosa AFP Dmitry Peskov, referindo-se a Donald Trump Jr.
Após a publicação de 20 mil mensagens pirateadas e enviadas dos computadores de sete dos responsáveis do Partido Democrático, Moscovo foi acusada pelos dirigentes do partido de influenciar a campanha eleitoral americana a favor de Donald Trump e de orquestrar a divulgação das mensagens.
As informações divulgadas segunda-feira pelo porta-voz Dmitri Peskov revelam que Carter Page, o conselheiro de Trump, esteve em Moscovo e que se encontrou com o chefe da administração presidencial russa, Serguei Ivanov.
“Infelizmente, a Rússia foi usada na campanha eleitoral. Infelizmente, essas piadas irão continuar. Achamos que não é muito bom para as nossas relações bilaterais, mas entendemos que temos de passar por este período menos bom”, acrescentou o porta-voz.
Na sexta-feira passada, três dias antes da abertura da convenção democrata, o ‘WikiLeaks’ divulgou cerca de 20 mil mensagensm, pirateadas e enviadas dos computadores de sete dos responsáveis do Partido Democrático, estas trocadas a partir de janeiro de 2015, até maio de 2016.
Os e-mails mostram inclusive desconfiança e desprezo por responsáveis do partido de Bernie Sanders, ex-rival de Hillary Clinton nas primeiras nomeações democráticas.