O primeiro-ministro António Costa afirmou, esta quarta-feira, que o Orçamento do Estado para 2017 vai mostrar a prioridade que o Governo dá à educação, sem concretizar qual a fatia que será atribuída ao setor.

“O que é que lhe posso dizer desde já é que este orçamento refletirá, de várias maneiras, a prioridade que damos à educação, não satisfazendo tudo, porque o orçamento não é ilimitado”, avançou António Costa à porta do Liceu Passos Manuel, em Lisboa, onde esteve, esta quarta-feira, a marcar o arranque do ano letivo. Costa deu como exemplos o investimento nos estabelecimentos de ensino e o maior apoio às famílias.

Ao lado de Tiago Brandão Rodrigues, naquela que foi a sua antiga escola, António Costa aproveitou para parabenizar o ministro da Educação, “pelo grande sucesso da abertura tranquila e normal deste ano escolar. Não devia ser uma novidade, mas, infelizmente, os últimos anos tornaram a normalidade numa novidade”. E desejou “sorte” a toda a comunidade escolar.

“Queremos que a escola pública seja cada vez mais acessível a todos e cada vez com maior qualidade”, acrescentou o chefe do Executivo, lembrando o programa para o sucesso escolar — que passa pelas tutorias –, o pré-escolar até aos três anos e o novo modelo de avaliação dos alunos.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

Questionado sobre o problema apontado pelo diretores escolares, da falta de assistentes operacionais, o ministro da Educação disse e repetiu que há mais assistentes operacionais nas escolas este ano do que no passado.

“Tive oportunidade de valorizar a colocação dos professores e estando esse problema crónico resolvido as preocupações passam a outros fatores do sistema educativo. Existem este ano mais assistentes operacionais do que, tradicionalmente, noutros anos. Sabemos que são precisos mais e também nesse sentido podemos contratar 2.900 assistentes operacionais no final do ano”, declarou o ministro.

Na verdade isso não significa que vão entrar mais 2.900 assistentes para as escolas pois o que está em causa é a renovação dos contratos de 2.900 funcionários, que se vão manter nas escolas onde estiveram no ano passado.

Além disso, o governante repetiu a informação que o Ministério já tinha dado ao Observador: de que está a ser feito um mapeamento das necessidades das escolas por todo o país.