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Bispo do Porto abre Palácio Episcopal a portuenses e turistas

Este artigo tem mais de 5 anos

O palácio, "um dos mais belos da cidade", pode agora ser visitado, e não são os turistas quem mais adere à iniciativa. São mesmo os portuenses, que diziam: "Nunca entrei no Paço Episcopal".

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O bispo do Porto, D. António Francisco dos Santos, abriu as portas do Paço Episcopal da cidade aos portuenses e aos turistas, que há muito se queixavam de não poder visitar o edifício histórico, com séculos de história. A diocese organiza agora visitas guiadas, de meia em meia hora, orientadas por guias turísticos, e o bilhete custa cinco euros. Há também bilhetes combinados, que incluem uma visita à Torre dos Clérigos.

“Eu sempre fiquei surpreendido por tanta gente do Porto me dizer: «Nunca entrei no Paço Episcopal». Recebi aqui, por exemplo, os professores do departamento de História da nossa Faculdade de Letras da Universidade do Porto, e alguns disseram-me «falamos tantas vezes desta casa, até porque ela tem a marca de [Nicolau] Nasoni, nas nossas aulas, e nunca tínhamos tido oportunidade de a visitar». E, por isso, o Porto precisa de conhecer. Este é um dos belos palácios da cidade e não pode estar fechado, como nenhum dos outros deve estar fechado”, explicou esta segunda-feira aos jornalistas o bispo do Porto, durante uma visita aberta à comunicação social.

Não surpreende, por isso, que os turistas não sejam quem mais tem aderido à iniciativa. Até agora — as visitas experimentais começaram em agosto — são os portugueses que lideram as visitas, seguidos pelos espanhóis, ingleses, americanos, canadianos, brasileiros, franceses e italianos. “Os turistas têm a curiosidade própria e hoje o Porto é um dos destinos privilegiados do turismo europeu e mundial, e por isso são muitos os turistas que nos visitam”, esclarece. “Mas o que mais me comoveu foi ver por exemplo uma família — vieram todos os membros da família — de uma paróquia de Amarante, Fregim, no fim dizerem a um dos guias: «Se pudéssemos estar com o senhor bispo para lhe agradecer por nos ter possibilitado ver a sua casa». E eu fui ao encontro deles e disse-lhes: «Eu é que vos agradeço porque esta casa é tanto vossa como minha».

Para D. António Francisco dos Santos, este é um “passo importante para a diocese do Porto”. “Fazia-me diariamente sofrer ver as pessoas que vêm à Sé, que vêm ao Terreiro da Sé, que queriam visitar o Paço, e dizia-se que a porta estava fechada”, recorda o prelado. Apenas era aberta às “pessoas que vinham à procura de serviços diocesanos”.

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O Paço Episcopal foi remodelado “a partir de 1734, num pedido feito a Nicolau Nasoni, e mais tarde retomado, em 1771, pelo bispo D. Frei João Rafael de Mendonça, e foi só concluído em 1871. Demorou muito tempo”, diz o bispo do Porto.

As visitas acontecem de meia em meia hora, entre as 9h e as 13h, e entre as 14h e as 18h, todos os dias da semana, exceto à quarta-feira e ao domingo. Crianças até aos dez anos não pagam, e há descontos para estudantes e seniores.

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