O documentário sobre as alterações climáticas produzido por Leonardo DiCaprio, “Before the Flood” (“Antes do Dilúvio”), foi lançado este domingo na Internet e já foi visto mais de 1,8 milhões de vezes. A RTP transmitiu-o esta segunda-feira à noite.

https://www.youtube.com/watch?v=90CkXVF-Q8M

“Before the Flood” — da National Geographic e digirido por realizado por Fisher Stevens — foi feito ao longo de três anos e acompanha a jornada de alerta do ator Leonardo DiCaprio a respeito das ameaças ao meio ambiente, nomeadamente o consumo de combustíveis fósseis. O ator viaja pelo mundo visitando zonas onde as alterações climáticas têm um forte impacto e são mais evidentes. Por exemplo, as ilhas do Pacífico, que estão a desaparecer com o aumento do nível médio das águas, a Gronelândia, que está a ficar sem gelo, e a Índia que sofre cheias alarmantes.

A mensagem é simples: os governos precisam de tomar medidas imediatas para a proteção do meio ambiente. Algumas incluem a opção pelo uso das energias renováveis, taxar os combustíveis que emitem dióxido de carbono com mais impostos e conceder subsídios aos veículos elétricos.

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Um dos momentos altos do documentário, e também um dos mais tristes, surge quando DiCaprio sobrevoa de helicóptero um gigantesco campo de extração de petróleo. O ator chega até a comentar que “parece Mordor, do Senhor dos Anéis”, uma região obscura.

mordor

DiCaprio discute o tema com várias figuras políticas, cientistas e outros especialistas entre os quais o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, bem como Bill Clinton, o secretário-geral da ONU Ban Ki-moon e o Papa Francisco, o primeiro a tomar uma posição face ao aquecimento global.

obama

A preocupação do ator com as questões ambientais não é nova. DiCaprio assume-me como ativista ambiental e, quando ganhou o Óscar de melhor ator, em 2016, com o filme “The Revenant” (“O Renascido”), Leonardo DiCaprio aproveitou fala acerca da sua preocupação com as alterações climáticas. Também o realizador do filme, Alejandro González Iñarritu, surge no documentário.

A partilha do documentário no YouTube pode ser uma tentativa de ‘chegar a todos’ e reforçar pontos de vista antes das eleições presidenciais dos Estados Unidos, que se realizam a 8 de novembro.