Foram feitas novas descobertas históricas no Egito. Desde a mais antiga zona portuária, um cemitério onde se pensa estarem sepultadas altas figuras da primeira dinastia e ainda uma cidade com 7 mil anos.

E é mesmo por ai que começamos, pela mais recente descoberta de uma cidade soterrada situada na província egípcia de Sohang. Tem mais de 7 mil anos de existência e pensa-se ter sido habitada por altas figuras da época. A descoberta segundo conta o The Guardian citando o comunicado do Ministério das Antiguidades egípcio, pode ajudar a compreender toda a importância de Abydos, que está bastante próxima, uma das cidades egípcia mais antigas e importantes, que chegou a ser a capital do país.

Foi também encontrado um cemitério com 15 sepulturas, o que levou os arqueólogos a deduzir que a cidade foi habitada por altas figuras da altura. “O tamanho dos túmulos encontrados no cemitério são maiores, em alguns casos, do que túmulos reais em Abydos que datam da primeira dinastia, o que prova a importância das pessoas ali enterradas assim como a sua alta posição durante este período inicial da história do antigo Egito”, afirmou o ministério em comunicado.

Já junto à costa do Mar Vermelho foi descoberta uma zona portuária construida há mais de quatro mil anos. Segundo o jornal israelita Haaretz, trata-se de um importante porto da altura em que se construia a Grande Pirâmide de Gizé, e serviu para facilitar o transportes de alguns materiais e ferramentas para a construção da pirâmide.

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A sua construção datará do reinado do rei Quéops. Pierre Tallet, professor da Universidade de Sorbonne e principal investigador nas escavações, afirma que só pela sua construção ficou admirado com as capacidades de organização e administração de operações que este porto representa, dada a época em que funcionou – há cerca de quatro mil e quinhentos anos. No entanto, não é de agora que esta zona é objeto de estudo. Já no século XIX se tinham identificado galerias naquela área.

O jornal israelita conta ainda que esta construção pode ter sido também estratégico do ponto de vista comercial, uma vez que as rotas de vários materiais como o cobre, por exemplo, passariam por ali, revelando a sensibilidade comercial que o rei Quéops teria.

Bem próximo da zona portuária encontrada foram descobertos cerca de 800 papiros também datados da altura que Quéops reinou. Segundo o Instituto Egípcio das Antiguidades, estes são considerados os arquivos mais antigos alguma vez encontrados no Egito.