O Presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse, esta sexta-feira, que o seu Governo “vai tomar medidas” contra a Rússia pelos ataques informáticos ocorridos durante as eleições para a Casa Branca com o objetivo de interferir nos resultados.

“Creio que não há dúvida de que se um governo estrangeiro, seja ele qual for, tenta afetar a integridade das nossas eleições, precisamos de agir”, disse Obama numa entrevista à rádio pública norte-americana NPR.

“E nós vamos [fazê-lo], no momento e lugar em que decidamos”, acrescentou o Presidente norte-americano.

Responsáveis dos serviços de informação dos Estados Unidos acreditam que o Presidente russo, Vladimir Putin, está pessoalmente envolvido no caso da pirataria informática que marcou as eleições Presidenciais dos Estados Unidos de 8 de novembro.

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A rede de televisão NBC divulgou que o envolvimento de Putin teria sido motivado por um desejo de vingança contra Hillary Clinton, candidata Presidencial pelo Partido Democrata nas eleições de 8 de novembro.

O próprio Putin teria dado instruções sobre como filtrar e utilizar as mensagens roubadas ao Partido Democrata através da pirataria informática, revelou, esta sexta-feira, a NBC, citando dois funcionários que teriam conhecimento desta informação.

Os responsáveis dizem ter “um alto grau de confiança” nestas conclusões.

Acusações “indecentes”, responde o Kremlin

Moscovo já reagiu às declarações de Obama. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, considerou que as acusações o presidente norte-americano são “indecentes”.

Relativamente à presumível responsabilidade de Moscovo na pirataria, “deve-se parar de falar e apresentar provas. Senão, isto é apenas indecente”, declarou Peskov aos jornalistas à margem de uma deslocação do presidente Vladimir Putin a Tóquio.

A Rússia já rejeitou por diversas vezes as suspeitas norte-americanas, classificando-as de “gratuitas”, “não profissionais” e de “não estarem apoiadas em qualquer informação ou prova”.

Trump, por seu turno, voltou a sugerir na quinta-feira que a Casa Branca tem intenções partidárias ao acusar a Rússia de estar por trás da ação dos piratas informáticos contra a sua rival democrata.

Responsáveis dos serviços de informação dos Estados Unidos acreditam que Putin está pessoalmente envolvido no caso da pirataria informática que marcou as presidenciais de 08 de novembro.

A rede de televisão NBC divulgou que o envolvimento de Putin teria sido motivado por um desejo de vingança contra Hillary Clinton e que ele próprio teria dado instruções sobre como filtrar e utilizar as mensagens roubadas ao Partido Democrata através da pirataria informática.

Obama, que dará hoje às 14h15 locais (19h15 em Lisboa) uma conferência de imprensa antes de partir de férias, deve ser longamente interrogado sobre os alegados ataques informáticos de que a candidatura de Hillary Clinton foi alvo.