Discussões, falta de atenção e desconfianças são alguns dos problemas que tomam conta de muitas relações amorosas. Com o intuito de solucionar estas desavenças, especialistas da Clínica da Universidade de Navarra realizaram um estudo baseado na Escala de Ajuste Diádico (DAS), que avalia a qualidade de uma relação amorosa, dá conta o ABC. Este método, criado nos EUA em 1976 e o mais utilizado em terapia de casais, não tinha ainda uma versão oficial em Espanha. Por essa razão, os investigadores, centraram-se em oficializá-lo com uma metodologia rigorosa.
O método, levado a cabo pela psicóloga Raquel Martín e pelo psiquiatra Adrián Cano, é composto por 32 itens que avaliam diferentes áreas, como o nível de agrado do parceiro, a tensão que existe na relação e os pontos em comum no casal.
“É curioso como, nos casais que têm relações problemáticas, as mulheres demonstram sempre um nível maior de desagrado e insatisfação em comparação com os homens e, nos relacionamentos em que não existem problemas, as mulheres têm uma perceção de que tudo corre ainda melhor do que o homem pensa”, revelou Adrián Cano ao ABC.
O investigador assegura que o resultado do teste, que se realiza em menos de 15 minutos, é obtido também através de entrevistas ao casal, individuais e em conjunto, bem como a construção de uma árvore genealógica de cada um, para perceber as origens de ambos e os padrões genéticos que cada um herdou. Por último, é feita ainda uma prova de observação comunicacional, que consiste na gravação de uma conversa do casal acerca de um tema proposto, normalmente pelo terapeuta.
Durante a realização de todos os testes, o casal tem à disposição um acompanhamento do especialista durante cerca de três semanas, que lhes vai explicar aquilo que correu, ou está a correr, menos bem na relação.
A terapia tem uma duração de pelo menos seis meses, com consultas mensais. Segundo o que os cientistas apuraram, este tipo de terapia conta já com uma percentagem de resultados positivos muita alta.