Os nomeados para a 89ª Cerimónia dos Óscares foram conhecidos a semana passado e o número de mulheres nomeadas para categorias técnicas diminuiu em relação a 2015. De acordo com o estudo do Centro de Media das Mulheres, fundado por Jane Fonda, Robin Morgan e Gloria Steinem, apenas 20% destas categorias são representadas por mulheres, menos 2% em relação à última nomeação, explica a Entertainment Weekly.

“Em categorias técnicas e em papéis que não são de representação, a nossa investigação mostra que 80% das nomeações são homens”, revelou Julie Burton, presidente do Centro de Media das Mulheres, à revista norte-americana. “Quatro em cinco nomeados são homens — o que significa que as vozes e perspetivas masculinas são maioritariamente responsáveis pelo que vemos nos ecrãs”, acrescentou.

Por outro lado, algumas mulheres também conseguiram ser nomeadas para categorias normalmente atribuídas a homens. Mica Levy, a compositora de “Jackie”, foi a primeira mulher a ser nomeada desde 2000. Joi McMillon, uma das técnicas responsável pela montagem de “Moonlight”, é a primeira mulher a ser nomeada para a categoria de Melhor Montagem. Kimberly Steward, a produtora de “Manchester by the Sea”, tornou-se a segunda mulher (depois de Oprah Winfrey) a ser nomeada para Melhor Fotografia. Já Dede Gardner conseguiu a sua quarta nomeação consecutiva pela produção de “Moonlight”, depois das nomeações em “A Queda de Wall Street”, “Selma” e “12 anos Escravo”.

Apesar dos esforços da Academia norte-americana para aumentar a diversidade dos nomeados, incluindo mais mulheres e minorias étnicas, pouco mudou para as que tentam entrar no negócio. “As perspetivas, experiências e vozes de metade da população merecem um lugar igual à mesa”, concluiu Burton.

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