Pelo menos 254 pessoas morreram este fim de semana num deslizamento de terras provocado por cheias em Mocoa, uma cidade colombiana com 350 mil habitantes localizada na junto da fronteira com o Equador.
De acordo com um comunicado emitido pelo exército colombiano, citado pela BBC, as inundações deixaram ainda pelo menos 400 pessoas feridas e 200 desaparecidas em Mocoa, a capital da província de Putumayo. Também a Cruz Vermelha, que tem dezenas de voluntários no local, avança com um número de mortos superior a 200.
Para a cidade foi destacado um dispositivo de emergência nacional, que, além dos bombeiros e da proteção civil, conta com cerca de 1.100 soldados do exército, unidades da polícia e dezenas de voluntários de várias organizações. A Cruz Vermelha Colombiana está a trabalhar no sentido de ajudar as pessoas a reencontrar as suas famílias.
Carlos Ivan Marquez, diretor geral da Unidade Nacional para a Gestão de Risco de Desastres, informou que as inundações, na sequência de fortes chuvas, ocorreram cerca da meia-noite e surpreenderam os residentes que dormiam. As chuvas fortes causaram o transbordo dos caudais de vários rios e inundaram centenas de habitações com lama.
Segundo o governador da província de Putumayo, Jose Antonio Sanchez, a capital da região, Mocoa, está “totalmente isolada”, sem eletricidade e sem água. As declarações foram feitas à rádio Caracol, citada pela BBC. O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, já declarou o estado de emergência naquela região e deslocou-se pessoalmente a Moncoa para supervisionar a operação de socorro.
De acordo com as autoridades meteorológicas do país, este mês de março foi o mês mais chuvoso da Colômbia desde 2011.