Apresenta-se como The Dark Overlord; diz que além de episódios de “Orange is the New Black” (OITNB) tem em seu poder outros filmes e séries de televisão; garante que já publicou o primeiro capítulo da quinta temporada, num site ilegal de partilha de ficheiros; e ameaça a Netflix: ou a empresa paga o “modesto resgate” que pediu (o valor não foi divulgado) ou revela a temporada completa.

Podia ser um golpe publicitário — a estreia da série está agendada para o próximo dia 9 de junho –, mas a Associated Press assegura que o caso não só é real como é o culminar de meses de rumores sobre uma fuga gigantesca que teria ocorrido em Hollywood e envolveria inúmeros filmes e séries de TV.

A empresa já reagiu e reconheceu que uma pequena produtora com sede em Los Gatos, na Califórnia, que trabalha com vários dos grandes estúdios de televisão, foi alvo de um ataque cibernético. De acordo com o serviço de streaming, o FBI e outras autoridades já estarão a investigar o caso.

A série criada por Jenji Kohan (de Weeds) a partir do livro de memórias de Piper Kerman, a norte-americana, agora com 47 anos, que aos 30 e poucos se envolveu com uma traficante de heroína e acabou condenada a um ano de prisão, por lavagem de dinheiro (daí o título-referência ao uniforme laranja-choque das reclusas), estreou em 2013 e só deverá terminar em 2019.

Já ganhou uma série de prémios e é a mais vista de todo o catálogo — e, por isso mesmo, a galinha dos ovos de ouro — da Netflix.

Com a estreia da quinta temporada de OITNB, o serviço de streaming contava ganhar mais 3,2 milhões de subscritores entre abril e junho, diz o The Guardian. No ano passado, durante o mesmo período, a Netflix conseguiu arrecadar “apenas” mais 1,8 milhões de clientes. De cada vez que as projeções da empresa sobre o número de assinantes falharam, as ações caíram, diz ainda o diário britânico.

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