O primeiro-ministro, António Costa, assegurou esta terça-feira que o Governo “não dará qualquer autorização” para um eventual despedimento por parte da Altice de cerca de três mil trabalhadores na PT, considerando que “nada o justifica”.

No debate quinzenal no parlamento, coube à deputada do PEV Heloísa Apolónia fazer a primeira intervenção, na qual considerou importante que António Costa, “em nome do Governo, anunciasse que não aceitará a intenção da Altice” de despedir cerca de três trabalhadores na PT, segundo uma notícia avançada pelo semanário Expresso.

“O Governo não dará qualquer autorização para que existam esses despedimentos. Nada o justifica. Temos, aliás, a indicação de que já terá havido um desmentido por parte do CEO da Altice”, respondeu o primeiro-ministro.

Questionado pelos jornalistas em Nova Iorque sobre uma eventual mega-reestruturação da PT Portugal, o presidente executivo Altice, Michel Combes, terá afastado a intenção de fazer um despedimento coletivo na empresa.

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De acordo com a deputada do PEV, “esta intenção, para ser concretizada, terá que ter o estatuto de empresa em reestruturação”. Esta classificação tem de ser dada pelo Ministério do Emprego e da Segurança Social e permite à empresa dispensar um largo número de colaboradores, através de rescisões amigáveis com indemnização, mantendo estes o direito a receber subsídio de desemprego.

De acordo com a edição do Expresso de sábado, a PT quer avançar com rescisões em larga escala e já abordou o Governo, podendo estar em causa até 3.000 postos de trabalho. O Expresso revelou que a PT ainda não pediu o estatuto de empresa em reestruturação, mas já sondou o Executivo, tendo a ideia sido recebida com apreensão.

PT sondou Governo para saída de 3.000 trabalhadores