A liderança dos conservadores sobre os trabalhistas nas sondagens relativas às próximas eleições para o Parlamento do Reino Unido reduziu-se. Cinco estudos de opinião divulgados neste sábado sugerem que o ataque terrorista em Manchester estará a afetar a popularidade de Theresa May, assim como a proposta de que os cidadãos idosos paguem uma fatia mais elevada dos custos gerados pela prestação dos apoios de que necessitam, e a atual primeira-ministra poderá não conseguir alcançar a vitória esmagadora que lhe chegou a ser apontada.

Em quatro daquelas sondagens, informou a Reuters, a vantagem dos conservadores sobre os trabalhistas baixou dois a seis pontos percentuais, o que pode antecipar uma corrida eleitoral mais renhida do que aquilo que os analistas previam. John Curtice, professor de ciência política na Universidade de Strathclyde e presidente do British Polling Council, afirmou à agência que May é a favorita para vencer nas eleições de 8 de junho próximo, mas a questão é a de saber qual será a dimensão do sucesso.

Depois de ter decidido e de ter anunciado a convocação de eleições, com o objetivo de reforçar a sua posição nas negociações do Brexit e consolidar o poder no partido conservador, Theresa May viu as sondagens darem-lhe boas razões para sustentar uma opção que provocou surpresa. Os primeiros estudos de opinião admitiam que May poderia bater as maiorias recordistas de Margaret Thatcher e de Tony Blair, que chegaram a dispor de 144 e 179 lugares de vantagem sobre os principais adversários políticos no Parlamento britânico.

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