A Alcatel aproveitou o Mobile World Congress 2017 para apresentar os seus novos equipamentos. Entre eles há um se destaca, literalmente, como um foco de luz: o Alcatel A5 LED é um smartphone capaz de se destacar em qualquer ambiente.

Não é um smartphone topo de gama e também não se mostra capaz de competir com equipamentos como o Samsung Galaxy S8, o P10 ou mesmo o iPhone 7 da Apple. Mas chama a atenção, porque toda a capa traseira conta com uma panóplia de luzes led que se iluminam com as notificações, com a reprodução de música ou, simplesmente, porque o utilizador assim o deseja. Este é um equipamento de gama média/baixa.

O preço do A5 LED é de 199,99 euros.

Características gerais

O smartphone mais iluminado que nos passou pelas mãos não é só fogo de vista. Apesar de não ser um topo de gama consegue incorporar um bom conjunto de características para o preço.

De origem traz instalada a versão Marshmallow (6.0) do Android que corre sem problemas graças ao processador Mediatek MT6753 Octa-core. Juntam-se ainda 3GB de RAM e uma memória interna de 32GB e reúne-se aqui um conjunto satisfatório dentro de um smartphone que ronda os 200 euros.

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O ecrã do A5 consegue cores vibrantes dentro do possível num IPS HD. Não se porta mal com luz solar direta

O ecrã é apenas HD (720), mas com umas aceitáveis 5.2 polegadas que, no geral, não é mau de todo quando está exposto diretamente ao sol. A bateria é de 2800 mAh o que, no nosso entender, poderia ser um pouco maior tendo em conta o corpo do equipamento.

Na parte traseira tem uma câmara de 13 megapíxeis, à frente de cinco. Ambas possuem flash para ajudar, em especial na frontal, com as fotografias em locais mais escuros. Juntamente com a capa luminosa vem também uma capa normal, disponível em duas cores, que também é recomendável quando se quer ser mais discreto ou poupar um pouco mais de bateria.

Pronto para qualquer desafio? Depende

O A5 Led foi utilizado, durante os testes, como devia ser. Sempre com a capa luminosa colocada e a chamar atenções em todo o lado (ouvir música à noite no metro de Lisboa é uma experiência um pouco incómoda se o levar na mão).

Apesar de tudo, o efeito gerado pela capa não é de deitar fora. Fica agradável e, como se consegue regular a intensidade da iluminação, dá um efeito bonito sempre que se recebe uma notificação ou uma chamada.

Apesar da capa traseira cheia de luzes, o smartphone não deixa de ser robusto e de transmitir uma certa segurança e resistência

Estética à parte, o smartphone atinge um patamar médio de qualidade. As tarefas mais básicas são realizadas com grande fluidez. Claro que, no que toca a tarefas mais puxadas, o equipamento não está preparado e em jogos que exigem um maior poder de processamento já se começa a sentir algum arrasto, especialmente em jogos como Breakneck, Pokémon Go e Hyper Heroes. Redes sociais, aplicações de mensagens e outras mais básicas funcionaram sem que se notasse qualquer abrandamento.

A fotografia não é o ponto principal

Na traseira do A5 LED existe uma câmara fotográfica de 13 megapíxeis, com uma abertura f/2.0 e um flash de dois tons. Os resultados à luz do dia são agradáveis dentro da gama em que o equipamento se encaixa. As fotografias têm boas cores, contrastes suficientes mas não lidam bem com muita luz de fundo.

Ambientes escuros mostram o lado negativo da câmara do A5: ou se segura firmemente o smartphone para tentar obter uma imagem, no mínimo, focada ou então fica com tudo desfocado e com muito grão.

A câmara frontal apesar de só ter cinco megapíxeis poderia ser suficientes se a Alcatel tivesse apostado um pouco mais nos sensores ou nas lentes. As selfies não apresentam uma qualidade por aí além mas, temos de admitir, o flash frontal pode dar muito jeito em certos momentos.

O flash frontal é suficiente para iluminar uma selfie nos ambientes menos iluminados para que consiga um resultado mais agradável

A Alcatel teve mais luzes que bateria

O campo da autonomia gerou uma mistura de opiniões. Por um lado, 2800 mAh conseguiram aguentar um dia inteiro de utilização moderada, que corresponde um pouco ao tipo de utilizador que a marca pretende alcançar com este smartphone. Mas, num dia mais cheio, com algumas chamadas a mais, umas “horinhas” a ouvir música, uma navegação constante entre aplicações e muitas trocas de mensagens, a bateria nem sempre se aguenta até à hora de deitar.

A coluna está situada do lado esquerda o que reduz a hipótese de, sem querer, abafarmos o som quando temos o smartphone na horizontal para ver um vídeo

Conclusão do teste

Pelo preço que custa, não se pode pedir o mundo. Isto quer dizer que não se pode esperar um desempenho excelente do equipamento. Aplicações que precisem de um pouco mais de recursos já vão ser difíceis de correr sem problemas.

Quando ao campo da fotografia, o A5 fica-se pelas imagens diurnas bem iluminadas. Em casos de pouca luz não serve de muito porque a câmara simplesmente não está pronta para essa função. As selfies têm aqui uma pequena vantagem com o flash frontal.

A capa luminosa garante um aspeto único ao equipamento o que faz com que se destaque sempre. Pode tornar-se incomodativo se andar com ele à noite ou em locais onde queira passar um pouco mais despercebido. A bateria não é muito afetada por esta funcionalidade (o que é bom), mas se estiver a precisar de aguentar umas horas longe da ficha é melhor optar pela capa extra, sem luzes, que vem incluída.

O A5 LED pode ser uma boa opção para os mais novos, como primeiro smartphone, ou para um adulto que tenha ainda presente o seu espírito mais jovem e que não precise de um smartphone topo de gama.