Veículo futurista, inspirado numa das formas de mobilidade do passado, o Camal Viva Concept faz parte daquele grupo de estudos levados a cabo por estúdios de design que dificilmente (achamos nós) passará, um dia, à fase de produção. Afinal, trata-se de uma carruagem – ou uma espécie de… –, marcada por um design fortemente conceptual e, ainda por cima, locomovida por cavalos. Literalmente!
Descrito pelos seus autores como uma “carruagem assistida”, o estudo desenvolvido pela casa de design italiana fundada por Alessandro Camorali, em 2008, vai buscar a inspiração ao passado e às antigas carruagens puxadas por cavalos, ao entregar a dois equídeos a missão de fazer deslocar o conjunto. Com a ligação ao futuro, quiçá ainda muito distante, a surgir através das linhas conceptuais do veículo, ao passo que, já mais real, surge o sistema eléctrico que lhe permite mover-se, quando necessário, sem necessidade de recorrer à força animal.
Dispensando a inclusão de qualquer motor de combustão, a Camal Viva Concept utiliza cavalos como força de tracção, sendo que, ao mesmo tempo que estes fazem as rodas girar, a energia daí resultante é utilizada para carregar baterias que o veículo possui internamente. Que, por sua vez, servem para alimentar um motor eléctrico, que tanto pode ajudar na deslocação em momentos de maior cansaço dos animais, como até mesmo prescindir da utilização destes, assumindo a totalidade das despesas, em termos de propulsão.
A “carruagem” exibe um design exterior fortemente conceptual, quase como se se tratasse de uma cápsula sobre uma plataforma, embora com duas rodas à frente e uma terceira, esférica, atrás. E, a avaliar pelas medidas anunciadas pela Camal, que fala em 7 m de comprimento, 2,5 m de largura e 2 m de altura, trata-se também de um veículo impressionante em termos de dimensões!
Em reflexo disso, o interior oferecido aos ocupantes é pouco menos que imenso, ainda para mais, tratando-se de um espaço pensado apenas para dois ocupantes, aos quais estão reservados dois enormes (e confortáveis?) cadeirões, localizados em cada um dos lados do habitáculo. Quanto ao resto do equipamento, nada mais é referido.
Numa altura em que o mundo procura alternativas aos combustíveis fósseis e em que a indústria automóvel aborda novas formas de mobilidade, fica a questão: será este o futuro?