Os três “grandes” vão todos jogar a 1 de outubro, informou a Liga Portuguesa de Futebol Profissional (LPFP) na passada sexta-feira em comunicado. O “clássico” Sporting-Porto tem início às 18h00 e o Marítimo-Benfica está agendado para as 20h15. Outras quatro equipas vão defrontar-se nesse dia: Belenenses e V. Guimarães, Braga e Estoril. Seria, portanto, um domingo como qualquer outro no campeonato. Mas não é: será também o dia em que o país vai às urnas para votar nas eleições autárquicas.

Curiosamente, em 2015, os jogos União da Madeira-Benfica, Porto-Belenenses e Sporting-V. Guimarães foram agendados para 4 de outubro, dia de eleições legislativas em Portugal. Antes como agora, a Comissão Nacional de Eleições (CNE) não foi informada pela LPFP. Quem o confirmou ao Expresso foi o próprio porta-voz da Comissão. João Machado adianta ainda que a CNE se pronunciará sobre o assunto após a reunião plenária que se vai realizar esta terça-feira.

Há dois anos, aquando do agendamento de jogos da Primeira Liga para o dia em que se votavam as legislativas, a CNE fez saber que era contra a realização dos mesmos no domingo eleitoral. E concluía: “Não havendo lei que expressamente os proíba, é desaconselhável a realização de eventos desta natureza. Em abstrato, potenciam a abstenção de um número que pode ser significativo de eleitores que, além dos profissionais [futebolistas, treinadores ou dirigentes] envolvidos, se deslocam para fora do local da sua residência habitual”.

Ao Expresso, a Liga Portuguesa de Futebol Portugal avança que, em articulação com a Comissão, irá “prestar esclarecimentos [aos profissionais] relativos ao voto antecipado” — em vigor (Lei orgânica n.º 1, de 14 de agosto) desde 2001 –, seguindo “dentro de dias” para a CNE a informação sobre os jogos a disputar no dia das autárquicas, “bem como os esclarecimentos da impossibilidade de antecipação ou adiamento dos mesmos”.

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