Com o inverno a chegar, os batons hidratantes (vulgo, do cieiro) começam a encher as prateleiras das farmácias e dos supermercados. O que levou a DECO – Defesa do Consumidor a analisar 20 marcas deste produto. Conclusão? 14 delas continham componentes “potencialmente perigosos para a saúde”, nomeadamente hidrocarbonetos “que fazem parte da composição dos óleos minerais”.
Na compra de um destes batons deve prestar atenção aos ingredientes. Se a lista contempla siglas como MOSH, POSH e MOAH, deve evitar comprá-los. A DECO alerta que “a presença de mais de 10% de hidrocarbonetos MOSH e POSH em produtos que podem ser engolidos, como os hidratantes labiais, é potencialmente perigosa”. Já os MOAH “não devem fazer parte destes cosméticos por se suspeitar de que são cancerígenos”.
Segundo a DECO, os batons a evitar são das marcas La Roche-Posay, Vasenol, Uriage, Avène, Aptonia, Continente, Labello, Maybelline, Johnson’s, Eucerin, Vichy, Neutrogena e Carmex — alguns destes muito utilizados, apesar de não serem as opções mais baratas.
A melhor opção, de acordo com a associação, é o baton da marca Cien, à venda exclusivamente nos supermercados Lidl, que arrecadou a classificação de “Melhor do Teste” e “Escolha Acertada”.
A lei portuguesa permite que óleos minerais como estes sejam utilizados em produtos cosméticos, mas só “se se conhecerem os antecedentes de refinação” e quando há prova de que a substância de origem não é cancerígena — isto é, que não provoca cancro.
Na publicação, no seu site, a DECO destaca ainda alguns ingredientes a evitar em batons e cosméticos: cera microcristallina ou microcrystalline wax, ceresin, hydrogenated microcrystallin wax, hydrogenated polyisobutene, ozokerite, paraffin ou parafina, paraffinum liquidum, petrolatum, polybutene, polyethylene, polyisobutene, synthetic wax. Nomes que deve memorizar.
A presença destes produtos em cremes hidratantes para a pele, contudo, não é alarmante porque a absorção “é mínima”.