Um casal russo suspeito de canibalismo foi preso na semana passada em Krasnodar, no sul da Rússia, após um asfaltador ter encontrado um telemóvel que continha selfies de um homem com uma cabeça cortada e membros amputados. Natalia e Dimitri Baksheyev, de 42 e 35 anos respetivamente, mataram e comeram 30 pessoas.

Para além de comerem as suas vítimas, que aliciavam através de sites de encontros, o casal oferecia e vendia pastéis feitos com carne humana a vizinhos e restaurantes, conservava restos dos corpos para consumo posterior e gravava tutoriais sobre como cozinhar carne humana. Num vídeo do apartamento revelado pela agência Ruptly, parece poder ver-se uma foto de uma cabeça numa travessa, rodeada de laranjas.

O casal foi descoberto após Dimitri ter perdido o seu telemóvel. O asfaltador que o descobriu acedeu à galeria para tentar descobrir o dono e deparou-se com as fotografias incriminatórias. Dimitri voltou ao local da obra em busca do telefone. O trabalhador reconheceu-o das fotos e fingiu que nada tinham encontrado, acabando por entregar o telefone à polícia. Descobrir a identidade de Dimitri foi fácil: na Rússia não se podem comprar cartões SIM sem se apresentar um documento de identificação.

A residência de Dimitri e Natália encontrava-se na Escola Militar de Aviação Serov, onde tinham trabalhado – ele como contínuo, ela como enfermeira – e continuavam a viver, apesar de já lá não exerceram funções. Os crimes de canibalismo ocorriam mesmo debaixo dos narizes das autoridades.

Dimitri cresceu órfão, na Sibéria, sendo mais tarde adotado por um casal idoso. Foi várias vezes detido por roubo e cedo foi expulso de casa pelo seu pai adotivo. Ainda menor conheceu Natalia, licenciada em medicina, que se divorciou do seu marido após conhecer o homem com quem mais tarde cometeria os crimes de homicídio e canibalismo. Natalia ofereceu-lhe um sítio para viver e, assim que Dimitri se tornou maior de idade, casou com ele. Crê-se que o primeiro homicidio e ato de canibalismo do casal tenha ocorrido em 1999, quando Dimitri ainda tinha 17 anos.

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