O PCP atacou esta quarta-feira Governo e “alguns partidos políticos” por terem remetido “para segundo plano” uma lei de apoio imediato apoio imediato às vítimas dos incêndios, privilegiando a reforma de floresta.

O processo legislativo a que o Governo e alguns partidos políticos teimosamente chamam de reforma da floresta – que na verdade não passa de alterações legislativas, e em alguns casos de pouca monta – fez remeter para um segundo plano o essencial, que teria sido a aprovação de uma lei sobre apoio imediato às vítimas, reparação de danos e reposição do potencial produtivo”, defendeu o deputado Jorge Machado.

O PCP elegeu os incêndios como tema da sua declaração política no plenário da Assembleia da República, no dia em que é feita a votação na especialidade de uma lei de apoio às vítimas, que os comunistas entendem devia ter sido uma prioridade parlamentar.

Como se pode compreender que, perante uma das maiores catástrofes nacionais da história recente, a maior que há registo provocada por incêndios florestais, a Assembleia da República, o órgão representativo dos portugueses, não tenha produzido legislação em consonância?”, questionou Jorge Machado.

Apesar de o PCP ter alertado para a necessidade de aprovar legislação de apoio às vítimas, argumentou Jorge Machado, “a vontade de alguns partidos políticos em terminar depressa alterações legislativas que podem levar anos a produzir efeitos, remeteu para o segundo plano o que era urgente”.

A ação política é também a antecipação e a intervenção em consonância, e por isso presta mau serviço às populações quando é orientada para cavalgar ondas mediáticas”, acusou o deputado comunista.

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