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Três mortos e carros escoltados para sair das estradas. Este é o pior dia de incêndios do ano

Este artigo tem mais de 5 anos

Duas pessoas morreram em Penacova e uma no concelho da Sertã. Há ainda relatos de 220 pessoas encurraladas numa estação de serviço. Alerta vermelho mantém-se até às 20h00 de segunda-feira.

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PAULO NOVAIS/LUSA

PAULO NOVAIS/LUSA

Este artigo está reproduzido aqui no nosso liveblog. Pode a partir de agora acompanhar tudo sobre os fogos em direto.

O “pior dia do ano” em matéria de incêndios florestais continua a preocupar as autoridades. De momento, há 108 incêndios ativos que concentram um total de 5.397 operacionais e cerca de 1.600 viaturas. Segundo a Proteção Civil, só este domingo registaram-se 443 incêndios.

A Proteção Civil confirma que há duas vítimas mortais em Penacova. Diferentes meios de comunicação avançam com uma terceira vítima mortal, no concelho da Sertã.

Há relatos de centenas ou milhares de pessoas encurraladas em estradas. Um condutor explicou à agência Lusa que há “milhares” de pessoas presas no Itinerário Principal 3 (IP3), na fronteira entre os distritos de Coimbra e Viseu.

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Há imensos autocarros e vamos começar agora o trajeto, escoltados pela GNR. Não consigo quantificar, mas são milhares de pessoas. Estamos a ser organizados em grupos de carros para começar a saída do local”, explicou.

Os primeiros carros que estavam presos no Itinerário Principal 3 (IP3) começaram a deslocar-se no sentido Viseu — Coimbra, por volta das 21:40, disse um dos condutores. O IP3 foi cortado na sequência de um incêndio que começou na Lousã, mas que já alastrou aos concelhos de Penacova e Mortágua.

A porta-voz da Proteção Civil foi questionada na conferência de imprensa desta noite sobre a existência de 220 pessoas encurraladas numa estação de serviço. Patrícia Gaspar disse que não podia confirmar os números, mas admitiu que em algumas vias pudesse haver veículos à espera de rotas alternativas.

As condições metrológicas, incluindo o “vento extremamente forte”, mas também os comportamentos “humanos” estão na origem dos incêndios que se registaram neste domingo. “Não quero chamar mão criminosa, há mão humana. Os incêndios não nascem por eles próprios”, disse Jorge Gomes, secretário de Estado da Administração Interna, que deixou um apelo: “Não utilizem equipamentos que possam provocar incêndios. Basta. Vamos todos portar-nos como os homenzinhos que somos”.

O Presidente da República disse, em comunicado, estar a acompanhar a evolução dos incêndios. Marcelo Rebelo de Sousa “manifesta a sua solidariedade às populações e aos autarcas por todo o Continente, agradece o seu sacrifício, bem como dos Bombeiros e demais estruturas da Proteção Civil no combate aos fogos e exprime o seu profundo pesar aos familiares das vítimas”.

A Base Aérea n.º 5, de Monte Real, concelho de Leiria, abriu este domingo as portas à população da zona que queira, por motivos de precaução, fugir aos incêndios que lavram na zona, disse fonte da infraestrutura à Lusa. Para o local, já começaram a acorrer algumas pessoas das zonas afetadas.

Mais de 5 mil operacionais para 443 fogos. Cenário “operacional de alta complexidade”

Cerca de 1.500 operacionais combatiam às 16h00 deste domingo nove “grandes incêndios” no Centro e Norte do país, sendo os “mais complicados” os fogos que lavram em Monção, Seia, Vale de Cambra e Lousã, segundo a Proteção Civil.

A situação em Arganil, no distrito de Coimbra, está “incontrolável” e várias aldeias tiveram de ser evacuadas, segundo informou à Lusa o presidente da Câmara. Também o incêndio em Monção está “descontrolado” e já atingiu nove freguesias. Em Seia, os incêndios são “de grande dimensão e tem quatro frentes ativas”.

O incêndio da Lousã é o que mobiliza este domingo à noite mais meios no país (mais de 500 operacionais), estando os fogos de Alcobaça, Seia e Vale de Cambra a ser combatidos por mais de 300 operacionais cada um.

A zona de Mafra e Ericeira também está a arder, avança o Diário de Notícias. Há casas ameaçadas. Também Óbidos enfrenta um incêndio descontrolado e há três aldeias em risco.

Mais de 20 estradas estão cortadas devido a incêndios e, para além de várias nacionais e municipais, destaque para a Autoestrada do Norte (A1) que está fechada entre Albergaria e a Mealhada nos dois sentidos.

Jorge Gomes adiantou ainda que, dos cinco bombeiros dos Voluntários de Ovar que ficaram feridos na sequência de um capotamento da viatura em que seguiam, um deles ficou encarcerado e encontra-se em “estado reservado”.

As autoridades detiveram em flagrante delito o presumível autor do incêndio que deflagrou este domingo de manhã em Vale de Cambra, segundo avança a SIC Notícias.

Entretanto é notícia que Portugal acionou, este domingo, o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos, disse à agência Lusa fonte do Ministério da Administração Interna. Devido aos incêndios que lavram no país foi marcada uma reunião extraordinária do Centro de Cooperação Operacional Nacional, presidida pela ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa.

Ministra faz reunião de urgência por causa dos fogos

Viseu e Braga também com incêndios

A ANPC regista ainda como “ocorrências importantes” incêndios em Resende e Cinfães, no distrito de Viseu, e em Viera do Minho, distrito de Braga.

O Observador sabe que, em Braga, na Encosta do Sameiro, o fogo atingiu uma zona residencial e obrigou à evacuação de várias pessoas, que estão a ser dirigidas para o pavilhão escolar de uma das escolas em Monção.

No total, a ANPC registava, às 16h00, 122 incêndios que mobilizam 3.684 operacionais, 1.046 viaturas e 14 meios aéreos. Dos 122 fogos, 53 estão em curso, 19 em resolução e 50 em conclusão.

Gouveia com “situação complicada”

A zona suburbana da cidade de Gouveia, na Serra da Estrela, distrito da Guarda, vive esta noite uma “situação complicada” devido aos incêndios. Segundo o presidente da Junta de Freguesia de Gouveia, João Amaro, pelas 23h05 as chamas, provenientes da zona de Seia, atingiam os subúrbios da cidade e causavam grande preocupação.

Numa parte da zona urbana [a situação] está um pouco complicada”, mas “não há evacuação nenhuma”, disse.

O autarca referiu que o fogo atingiu a zona da Calçada e da Mata dos Frades, onde terão ardido “várias casas devolutas”. João Amaro assegurou à Lusa que as habitações atingidas “não eram casas de primeira habitação”, por isso garante que “ninguém ficou sem habitação”.

O incêndio que atingiu Gouveia teve início no concelho de Seia.

Fogo descontrolado em Óbidos ameaça três aldeias

Um incêndio descontrolado lavra em Óbidos e a centena de bombeiros no terreno está apenas a proteger habitações das aldeias de Casais Ladeira, Perna de Pau e Olho Marinho face à escassez de meios, disse o comandante dos bombeiros locais.

Carlos Silva queixou-se à agência Lusa da escassez de meios, explicando que já estiveram no local 132 bombeiros e 32 veículos, mas, devido à ocorrência de outros incêndios na zona de Caldas da Rainha, foram desmobilizados meios, ficando no local cerca de 100 bombeiros e 28 veículos.

De acordo com o comandante dos bombeiros, o incêndio, com três frentes ativas, está a ameaçar habitações nas aldeias de Casais Ladeira, Perna de Pau e Olho Marinho.

Os bombeiros limitam-se a “fazer prevenção às habitações, enquanto o fogo arde livremente, sublinhou o responsável, adiantando que se avizinha uma “noite difícil” face à impossibilidade de serem mobilizados mais meios devido à ocorrência de diversos incêndios no distrito de Leiria.

“Estamos a pedir aos populares que nos ajudem com mangueiras e máquinas agrícolas”, disse.

Devido ao incêndio, estão cortados o Itinerário Principal IP6 (Peniche/Óbidos) e a estrada nacional EN114.

Incêndio em Mira ameaça casas junto à estrada

Um incêndio em Mira, distrito de Coimbra, está a ameaçar várias casas paralelas à estrada nacional 109, observou a agência Lusa no local. Esta frente de fogo, com um quilómetro, arde numa mata junto a essas casas e está a ser combatida por populares.

Também em Seixo de Mira, na estrada para a praia, há uma frente de fogo, também combatida por populares.

A Câmara de Mira, distrito de Coimbra, pediu hoje aos populares das urbanizações Miroasis e Miravillas para de deslocarem calmamente para o centro da Praia da Mira. Numa mensagem publicada no Facebook, o presidente da Câmara de Mira, Raul Almeida, pede para as pessoas se manterem atentas à página da autarquia e à página da Proteção Civil.

“Pede-se à população do Miroasis e Miravillas que, calmamente, comece a sair das suas casas em direção ao centro da Praia de Mira”, lê-se uma publicação intitulada “Aviso muito importante”.

Este incêndio, que está a obrigar a estas intervenções, teve origem em Quiaios, na Figueira da Foz, e já atingiu Cantanhede e agora Mira.

Situação incontrolável em Arganil. Várias aldeias evacuadas

A situação em Arganil, distrito de Coimbra, está incontrolável e já houve necessidade de evacuar várias aldeias na sequência de um incêndio que está a atingir aquele concelho, disse o presidente da Câmara.

Ricardo Alves disse à agência Lusa que os “meios são escassos” e que as populações estão a ajudar ao combate, mas temerosas. “Há várias aldeias evacuadas. A situação está má. O fogo lavra com grande intensidade, em várias frentes”, disse Ricardo Alves, adiantando não poder acrescentar muito mais.

Este incêndio começou pouco depois das 12h00 e estava às 19h30 a ser combatido por 82 bombeiros e 26 meios terrestres.

Fogo na Sertã exige retirada de pessoas de aldeias

Outro incêndio que deflagrou às 12h02 na freguesia de Ermida e Figueiredo, concelho da Sertã, já obrigou à retirada de algumas pessoas de aldeias, disse o presidente da Câmara Municipal à agência Lusa. José Farinha Nunes diz que o fogo “ganhou grandes proporções” e “propaga-se a grande velocidade”.

“A situação é má. Já retirámos algumas pessoas de aldeias, para o lar e para o centro de saúde, mas a velocidade é tal, que em breve podem voltar às suas casas”.
Às 15h00, este fogo estava a obrigar à intervenção de dois meios aéreos e 211 operacionais, anuncia a Proteção Civil. De acordo com o site da ANPC, estão igualmente envolvidos 56 meios terrestres. “Não está a ser possível controlar este fogo. A velocidade é muito grande, porque está muito vento”, disse o autarca.

Praia da Vieira, na Marinha Grande, evacuada

A localidade de Praia da Vieira, na Marinha Grande, está a ser evacuada desde 17h30, na sequência de ordem emitida pela GNR, disse à agência Lusa uma moradora da freguesia. As pessoas apenas podem deslocar-se para a Praia do Pedrógão, já no concelho de Leiria, acrescentou a mesma moradora.

O parque de campismo da Praia da Vieira, na Marinha Grande, acabou por ser consumido pelas chamas. Este incêndio, de acordo com o presidente da Câmara da Marinha Grande, no distrito de Leiria, está incontrolável.

Está tudo muito complicado, está incontrolável. Peço desculpa mas não lhe posso dizer nada mais”, sintetizou o autarca.
Na Praia do Pedrógão, há dezenas de carros estacionados. O fogo, ainda de acordo com a fonte, está a “tocar a Praia da Vieira”. “A GNR está a evacuar a Praia da Vieira. As indicações são ir para a Praia do Pedrógão e é impossível ir para a Vieira de Leiria ou para a Marinha Grande”, disse.

Este incêndio está a ser combatido por mais de 100 bombeiros, um meio aéreo e 37 meios terrestres.

Incêndio em Monção “descontrolado”

A vice-presidente da Câmara de Monção, Conceição Soares, afirmou este domingo à Lusa que o incêndio que deflagrou, no sábado, às 20h21, lavra “fora de controlo e já atinge nove freguesias” daquele concelho do distrito de Viana do Castelo.

São muitos focos de incêndio. Estamos a fazer os possíveis e os impossíveis mas, nesta fase, não estamos sequer preocupados em controlar o incêndio. A nossa prioridade é salvar pessoas e bens. As chamas estão incontroláveis”, disse Conceição Soares.

A responsável, que se encontra a acompanhar a situação no posto de comando da Autoridade Nacional da Proteção Civil, estacionado na freguesia de Longos Vales afirmou que “alguns núcleos urbanos das freguesias afetadas estão rodeados de focos de incêndio”.

“Há casas ameaçadas um pouco por todo o lado”, disse. Merufe, Barbeita, Troviscoso, Longos Vales, Bela, Lordelo, Sago, Parada, Anhões são as freguesias atingidas pelas chamas.

Às 19:10, segundo o ‘site’ da Autoridade Nacional de Protecção Civil, estavam no combate às chamas em Monção 224 operacionais e 63 meios terrestres.

A meio da tarde deste domingo, o incêndio que tinha deflagrado no sábado, às 20h21, em Merufe, Monção, já se encontrava “completamente descontrolado” e já “consumiu” várias casas, afirmou à Lusa a vice-presidente da Câmara local. Segundo a ANPC, no local estão 180 operacionais e 57 veículos, apoiados por dois meios aéreos, tendo já sido acionados dois grupos de reforço de Setúbal e Lisboa.

A nossa prioridade agora é apenas salvar vidas e bens. O fogo está completamente descontrolado. Já tivemos que evacuar vários lugares. O vento é muito forte e leva o fogo de um sítio para o outro. Está muito perigoso”, afirmou hoje à Lusa, a vice-presidente da Câmara de Monção, Conceição Soares.

Segundo aquela responsável, “as habitações arderam nas freguesias de Longos Vales, onde já foram evacuados alguns lugares e em Bela”.”Ainda não sabemos quantas casas arderam, nem se eram habitadas ou não”, disse, garantindo que “os bombeiros estão a fazer o que podem”.

Além de Longos Vales e Bela, o incêndio afeta ainda as freguesias de Barbeita e Anhões. A RTP avança que há pelo menos quatro feridos em Monção, que o incêndio está a ser combatido por 177 bombeiros e dois meios aéreos e que pode ser preciso evacuar um lar de idosos.

Patrícia Gaspar adiantou que dois idosos foram retirados da localidade de Bela “por prevenção devido ao fumo” e duas casas foram afetadas pelas chamas em S. Paio e Velhas, sendo uma das habitações desabitada. A mesma responsável afirmou que estão meios de socorro no local para garantir a proteção das habitações em cinco localidades do concelho.

Patrícia Gaspar disse que o incêndio que lavra no concelho da Lousã “está intenso e muito ativo”, tendo já sido retiradas pessoas das casas em Boque, Piares e Serpins, mas ainda não se registam evacuações em aldeias, que têm meios de socorro para proteger as populações.

13 feridos no combate ao incêndio de Vale de Cambra

Governo aponta para mão criminosa nos incêndios

Um outro incêndio na vila de Macieira de Cambra, em Vale de Cambra, já causou 13 feridos e consumiu várias casas, segundo o Jornal de Notícias. Há pelo menos três viaturas, uma escola e algumas casas que foram consumidas pelas chamas. Foram para o hospital seis civis e dois bombeiros. Há mais cinco bombeiros dos Voluntários de Ovar que ficaram feridos na sequência de um capotamento da viatura em que seguiam.

O presidente da Liga de Bombeiros Portugueses disse, entretanto, que o estado dos cinco bombeiros “não apresenta qualquer perigo” de vida. Foram encaminhados para o Hospital da Feira e estão a fazer exames, devendo receber alta hospitalar ainda este domingo.

O Jornal de Notícias diz que as chamas estão a ser combatidas por várias corporações de bombeiros e um meio aéreo do distrito de Aveiro, e que a rede SIRESP (Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança de Portugal) está a funcionar com algumas falhas.

De acordo com a agência Lusa, o incêndio está a ser combatido por 215 operacionais e 69 viaturas. O incêndio combateu um fogo que começou às 07h15 na localidade de Macieira de Cambra. Neste fogo, já foi necessário evacuar algumas casas e há casas afetadas pelas chamas junto à Estrada Nacional um, segundo a ANPC.

Quase 300 operacionais em Seia

Quase 300 operacionais, apoiados por 91 viaturas e um meio aéreos, estão a combater as chamas no fogo que deflagrou às 06h03 na localidade do Sabugueiro, concelho de Seia (distrito da Guarda), tendo este incêndio quatro frentes, segundo a ANPC. Para este fogo já foram acionados grupos de reforço de Portalegre e Castelo Branco.

Em Seia, o fogo no mato é “de grande dimensão e tem quatro frentes ativas”, adiantou Patrícia Gaspar, sustentando que já foram retiradas 30 pessoas das casas por precaução, disse o presidente da Câmara, Carlos Filipe Camelo, à agência Lusa.

Patrícia Gaspar adiantou ainda que também no concelho da Guarda há outro incêndio de grande dimensão a lavrar, além dos fogos nos distritos de Viseu e Braga. Também no concelho de Seia está ativo desde as 10h26 um outro incêndio na localidade de Sandomil, que mobiliza 118 operacionais e 35 viaturas, além de um grupo de reforço de Viseu.

404 operacionais e 3 meios aéreos na Lousã

A página da internet da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) avança que o incêndio que mobiliza mais meios é o fogo que lavra desde as 08h41 no concelho da Lousã, distrito de Coimbra, e que mobiliza 404 operacionais, 109 viaturas e três meios aéreos.

Este incêndio tem três frentes ativas e levou às 13h00 à evacuação das localidades de Serpins, Alcaide, Póvoa e Boque, na freguesia de Serpins e em território da União de Freguesia de Lousã e Vilarinho, adiantou um oficial do Comando Territorial de Coimbra da GNR.

Incêndio em Valença controlado

Em Valença, o presidente da Câmara, Jorge Mendes adiantou ao fim da tarde que o fogo que começou domingo às 13h21 na freguesia de Ganfei “está controlado”.

“A situação é agora bem mais calma da que vivemos durante a tarde”, afirmou o autarca social-democrata que garantiu que meios no terreno “continuam a trabalhar para extinguir o fogo”.

Durante a tarde de domingo, o presidente da Câmara de Valença tinha dito à Lusa que o incêndio estava “a tomar proporções alarmantes e a ser combatido apenas por ‘prata da casa’”. Hora depois estaria mais calmo.

O fogo lavra no Monte de Faro, em Ganfei, as chamas dirigem-se agora para Sanfins. Está a tomar proporções alarmantes devido às altas temperaturas (35 graus ‘celsius’) e o vento forte de sul. Esta a ser difícil controlar. No terreno está apenas a ‘prata da casa’, os bombeiros voluntários e os sapadores florestais de Valença. Não há meios aéreos”, afirmou Jorge Mendes, embora a situação esteja mais controlada.

O autarca social-democrata disse “que os meios aéreos estão empenhados no incêndio em Monção por se tratar de um caso mais grave mas que a situação em Valença é imprevisível”, disse.

“Estamos a lutar com os nossos bombeiros e sapadores, sem mais ninguém”, frisou, adiantando que o fogo lavra “em zona de mato, sobretudo em terrenos baldios, da Europac e da Câmara Municipal que se encontravam limpos”, adiantou.

Segundo o site da ANPC, pelas 15h05, o incêndio, que deflagrou às 13h28, no concelho de Valença, no distrito de Viana do Castelo, mobilizava 20 operacionais e seis viaturas.

Parque de Campismo evacuado na Figueira da Foz e zona industrial ameaçada

O parque de campismo da Praia da Tocha, Cantanhede, começou a ser evacuado pouco depois das 17:00 deste domingo, na sequência de um incêndio que começou em Quiaios, Figueira da Foz, disse fonte da GNR. No local, presenciou a agência Lusa, há uma fila de automóveis a sair da Praia da Tocha em direção à Tocha e a GNR só permite passagem para a Praia a moradores.

Há meios de bombeiros posicionados na ligação à Praia. Este incêndio começou nas matas nacionais de Quiaios, junto ao Ervedal e já obrigou à retirada de três idosos acamados da localidade de Cova da Serpe, disse o chefe de gabinete do presidente da Câmara da Figueira da Foz, Tiago Castelo-Branco, à agência Lusa.

Num outro incêndio na Figueira da Foz, dois bombeiros ficaram feridos este domingo, um deles com necessidades de tratamentos hospitalares, quando se deslocavam para esse fogo, em Paião, Figueira da Foz, disse fonte da Proteção Civil.

O presidente da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Figueira da Foz, Lídio Lopes, disse, à agência Lusa, que os bombeiros se deslocavam para um incêndio em Paião, mas não conseguiu precisar o motivo do acidente.

Uma zona industrial da Tocha, Cantanhede, também está a ser ameaçada pelo incêndio que começou em Quiaios, Figueira da Foz, e que alastrou entretanto àquele concelho, disse a presidente da Câmara à agência Lusa.

Helena Teodósio disse que falou com o secretário de Estado da Administração Interna, Jorge Gomes, a pedir mais meios para Cantanhede, explicando que, além da floresta, “são bens, são pessoas e é uma zona industrial em perigo”.

As chamas que se dirigem para a vila da Tocha, de acordo com o que a Lusa observou no local, atingem uma altitude superior a 25 metros.

De acordo com a proteção civil, estão 82 bombeiros a combater o incêndio, apoiados por mais de 20 meios terrestres.

Situação “perigosa” obriga à evacuação de aldeia de Melgaço

Em Melgaço, o vereador da proteção civil municipal, José Adriano Lima referiu ao início da noite à Lusa que a situação “é perigosa”, sobretudo no lugar de Cavaleiro Alvo, na freguesia de São Paio”.

“A evacuação do lugar de Lobiô Roussas inicialmente decidida acabou por ser suspensa porque o vento mudou de direção e afastou o perigo iminente das habitações da aldeia. Em Cavaleiro Alvo também estivemos prontos para evacuar a aldeia mas a decisão foi, igualmente, suspensa por mudança da direção do vento. Estamos a resolver conforme podemos”, afirmou o responsável.

Durante a tarde de domingo, o coordenador operacional municipal de Melgaço, no distrito de Viana do Castelo, Luís Matos, tinha dito à agência Lusa que, por precaução, tinha sido decidida a evacuação do lugar de Lobiô Roussas devido a um incêndio. De acordo com aquele responsável “o incêndio deflagrou cerca das 11h28 no lugar de Cavaleiro Alvo, freguesia e São Paio e foi potenciado pelas altas temperaturas e vento forte que se fazem sentir para a aldeia vizinha de Lobiô Roussas”.

Segundo o site da ANPC, pelas 15h41, o incêndio mobilizava 21 operacionais, oito viaturas dos bombeiros voluntários e sapadores florestais locais.

Mais de 20 estradas cortadas

Mais de 20 estradas estão cortadas devido a incêndios, entre autoestradas (A1, A11 e A25), estradas nacionais, estradas municipais, itinerários principais (IP3 e IP6) e itinerários complementares, segundo a informação recolhida pela Lusa.

Pelas 18h30, fonte da Guarda Nacional Republicana já tinha avançado que existiam mais de 15 estradas cortadas, sobretudo, no norte e no centro do país, salientando que não excluía a existência de mais vias fechadas à circulação devido a incêndios.

Cruzando os dados disponibilizados pela GNR e os que constam no Portal das Estradas da Infraestruturas de Portugal, ao nível de autoestradas, além da A1, também há um corte total da A11 (em Figueiredo e Silvares, distrito de Braga) e da A25 (Aveiro).

Em termos de estradas nacionais (EN), estão cortadas no distrito de Castelo Branco a EN 238 (Maxial da Estrada, Sertã, Castelo Branco), a EN 353 (Idanha-a-nova, Castelo Branco), a EN 350 (Pedrógão Pequeno, Sertã, Castelo Branco) e a EN 238 (Cruz do Fundão, Sertã, Castelo Branco).

No distrito de Coimbra, está fechada a EN 17 (Lagos da Beira, Oliveira do Hospital, Coimbra). A mesma EN 17 está também cortada em Folhadosa, Seia, Guarda. Na Guarda há igualmente registo do corte da EN 232 (entre Gouveia e Manteigas). Em Viana do Castelo, está encerrada a EN 202 (entre Trovisco e Bela e entre Barbeita e Monção).

No distrito de Viseu, está cortada a EN 553 (Feirão, Resende, Viseu). Já no distrito de Aveiro, também estão cortadas devido a incêndio a EN 235 (Palhaça) e a N109 (Vagos).

Quanto aos itinerários principais, há um corte do IP6 – Itinerário Principal da Estremadura e Beira Baixa (Olho Marinho) e do IP3 – Itinerário Principal da Beira Litoral (Penacova). Também está cortado o Itinerário Complementar (IC) 9 (Carregueiros, Tomar, Santarém).

Depois, há uma série de estradas municipais (EM) cortadas: EM 1232 (Prilhão, Lousã, Coimbra), EM 522 (Póvoa de Serpins, Lousã, Coimbra), EM 1087 (Feirão, Resende, Viseu), EM 553-1 (Panchorra, Resende, Viseu), e a EM 1154 (Soutelo, Castro Daire, Viseu).

Há ainda alguns arruamentos em que a circulação automóvel foi cortada, como em Alcobaça (Leiria) e na Ericeira (Mafra).

Mais de 80 concelhos de 15 distritos do continente em risco máximo de incêndio

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