O partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) surge, pela primeira vez, numa sondagem, como segundo partido mais votado, logo a seguir à CDU de Angela Merkel. A sondagem, divulgada pela empresa INSA, coloca a CDU com 32% de intenções de voto (caso houvesse eleições amanhã), a AfD com 16% e o SPD — que está a coligar-se com Merkel para formar uma grande coligação de centro — com 15,5%.
A diferença entre a AfD e o SPD está dentro da margem de erro, mas o resultado não deixa de ser marcante. O AfD já foi o terceiro partido mais votado nas últimas eleições, mas a julgar pelo resultado da sondagem da INSA teria boas probabilidades de conseguir ser a segunda força política mais forte na Alemanha.
Nas últimas legislativas, a 24 de setembro, o SPD, então liderado por Martin Schulz, aqueles que era o pior resultado do partido desde a Segunda Guerra Mundial. O SPD conseguiu então apenas 20,5%, numas eleições em que Angela Merkel (da CDU), com 33%, também teve o pior resultado eleitoral tendo em conta as quatro vezes em que se candidatou a chanceler. Já a AfD obteve o 12,6% dos votos e entrou no Parlamento alemão, algo que não acontecia há mais de meio século.
Na altura, Schulz garantiu que não iria para o Governo com Merkel, mas após vários meses sem formar Executivo, acabou por chegar a acordo com Merkel em fevereiro para a formação de Governo. O líder abandonou então a liderança do SPD para, segundo os media alemães, ser o novo ministro dos Negócios Estrangeiros do futuro Governo de Angela Merkel.
Os pontos-chave do acordo entre Angela Merkel e Martin Schulz