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As sete maravilhas de Dom Quixote

Passam 400 anos desde que Miguel de Cervantes entregou a alma ao criador. Para assinalar a data, Bruno Vieira Amaral regressa à obra-prima do maior génio da literatura de língua espanhola

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“D. Quixote é uma obra tão original que quase quatro séculos depois continua a ser a obra de ficção em prosa mais avançada que existe. E mesmo assim é subestimada: é ao mesmo tempo o romance mais legível e, definitivamente, o mais difícil”, escreveu o crítico literário Harold Bloom sobre a obra de Miguel de Cervantes, que morreu há 400 anos, a 22 de abril de 1616. O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote da Mancha, cuja primeira parte foi publicada em 1605, abriu tantos caminhos para a literatura que o mais seguro será dizer que nenhum grande escritor faltou ao encontro com o seu Dom Quixote.

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A primeira edição de “Dom Quixote”

Sátira aos romances de cavalaria ou homenagem definitiva ao género? Crítica ao idealismo inoperante ou elogio aos que procuram transformar o mundo ainda quando este lhes responde com pedradas? Comédia desbragada ou romance total? Dom Quixote, tal como todos os clássicos que chegaram até nós, é um livro infinito porque infinitas são as leituras possíveis e porque Cervantes combinou elementos tão diversos que é impossível reduzi-lo a uma única dimensão, tema ou estilo. Entre as inúmeras maravilhas que animam o livro e colonizaram a imaginação dos leitores ao longo de gerações escolhemos sete.

A dupla D. Quixote e Sancho Pança

Num ensaio em que procurava as razões para a relativa obscuridade de Francisco de Quevedo, escritor espanhol do século XVII, Jorge Luis Borges dizia que não havia na sua obra o menor estímulo ao sentimentalismo. Além disso, e mais importante, Quevedo não tinha sido capaz de encontrar um símbolo que capturasse a imaginação dos leitores. Melville tinha a baleia; Kafka, os seus “crescentes e sórdidos labirintos”; Cervantes, o “afortunado vaivém de Sancho e de Quixote”. São inúmeras as razões para nos maravilharmos com Dom Quixote e a química entre os dois personagens principais não será a menor delas. Fraco de entendimento, Sancho Pança acompanha Dom Quixote na esperança de vir a reinar uma ilha. Mesmo assim, é dele a voz sensata que procura dissuadir o cavaleiro andante de se meter em trabalhos.

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Dom Quixote, tal como todos os clássicos que chegaram até nós, é um livro infinito porque infinitas são as leituras possíveis e porque Cervantes combinou elementos tão diversos que é impossível reduzi-lo a uma única dimensão, tema ou estilo.

À medida que a narrativa avança, o fiel escudeiro vai sendo contagiado pela loucura do amo, primeiro por solidariedade, depois como reconhecimento de que a crença de D. Quixote nas ficções afecta a realidade. Na leitura que o romantismo alemão fazia da obra de Cervantes, D. Quixote era o “espiritualista” e Sancho Pança, “o materialista”, interpretação reproduzida por Garrett em Viagens na Minha Terra. Porém, sendo muitas as diferenças, desde logo as físicas (D. Quixote é seco de carnes e Sancho é anafado), há uma ligação profunda entre os dois, de amizade e de mútua proteção, a tal ponto que um só faz sentido com o outro. O jogo de contrários, que dá azo a muitas situações cómicas, também permite que, a cada momento, vejamos o mundo tal como é e o mundo tal como D. Quixote o imagina.

Dulcineia de Toboso

Se Borges dizia que na obra de Quevedo não existia nenhum exemplo de sentimentalismo, Milan Kundera, em A Imortalidade, afirmou que ninguém penetrou o “homo sentimentalis com mais perspicácia do que Cervantes”. Na definição do romancista de origem checa, o homo sentimentalis não é a pessoa que experimenta sentimentos, mas aquela que “os erigiu em valores.” Ou seja, é o homem que quer experimentar o sentimento porque lhe associa um valor. O objecto amado é, assim, um tanto indiferente. Pode ser Aldonça Lorenzo, a jovem camponesa por quem em tempos Alonso Quijano (o verdadeiro nome de D. Quixote) esteve apaixonado, ou pode ser Dulcineia de Toboso, produto da imaginação cavaleiresca do idealista. É por ela que o desgraçado Cavaleiro da Triste Figura se aventura pelas paisagens da Mancha a fim de “desfazer agravos”, “reparar injustiças” e “obrigar os maus a saldar seus tortos”. Quer, à viva força, que os desconhecidos com que se cruza nas suas andanças “confessem que não há no mundo inteiro donzela mais formosa que a imperatriz da Mancha, a sem par Dulcineia de Toboso”.

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Miguel de Cervantes: presume-se que terá nascido Alcalá de Henares, a 29 de setembro de 1547, e morreu em Madrid a 22 de abril de 1616, com 68 anos

Este é o amor abstracto total, o amor petrarquista absoluto, de índole platónica (como o próprio Quixote o reconhece no capítulo XXV da primeira parte), dedicado não à amada inalcançável, mas à amada inexistente. Ao fascinante tema da prevalência do sentimento sobre o objecto do amor, dedicou Vergílio Ferreira uma entrada do seu livro Pensar: “Porque te ris do pobre D. Quixote por amar a Dulcineia, que não existia? Mas todo o homem só ama a mulher que não existe. E bom é isso. Porque se ela existisse, o amor deixava de existir. Mesmo que ele a ame, como supõe. Porque todo o amor só existe nos intervalos de a pessoa amada existir”.

A estrutura

Nada é tão moderno em Dom Quixote como a estrutura. Sem esse pilar flexível que sustenta o romance não seriam possíveis os jogos literários e meta-literários, o cruzamento entre realidade e ficção que prolonga, a um segundo nível, a discrepância entre o que o protagonista vê e o mundo real; não teríamos as histórias autónomas, a variedade de estilos, de tempos e de personagens.

A estrutura do romance, não sendo essencial para aferirmos a valia literária, condiciona tudo o que o escritor poderá escrever. Se imaginarmos o romance como uma cela à qual o autor está confinado, a estrutura é o que determina o grau de liberdade de que ele irá beneficiar: tem cama? Estantes? Gavetas? Secretária? Tectos falsos? Alçapões? Dom Quixote tem tudo isto. Mario Vargas Llosa chama-lhe uma estrutura de caixas chinesas ou de bonecas russas, em que uma maior esconde outra mais pequena e esta por sua vez esconde outra ainda mais pequena e assim sucessivamente. A história de D. Quixote é apresentada como uma tradução de um manuscrito em árabe de um tal Cid Hamete Benengeli. O “tradutor” (e narrador principal) comenta, corrige e acrescenta. Na segunda parte do livro, que foi publicada dez anos após a primeira, D. Quixote e Sancho tomam conhecimento de que há um livro, com o título de O Engenhoso Fidalgo Dom Quixote da Mancha, em que são narradas as suas aventuras. Outras personagens da segunda parte também leram a primeira e, desta forma, personagens passam para o papel de leitores e outros são duplamente personagens.

Nada é tão moderno em "Dom Quixote" como a estrutura. Sem esse pilar flexível que sustenta o romance não seriam possíveis os jogos literários e meta-literários, o cruzamento entre realidade e ficção que prolonga, a um segundo nível, a discrepância entre o que o protagonista vê e o mundo real

Em Outras Inquirições, Borges, no seu típico estilo especulativo, avançava com uma hipótese para a inquietação provocada por essa desestabilização narrativa: “Por que nos inquieta que Dom Quixote seja leitor do Quixote e Hamlet espectador de Hamlet? Creio ter encontrado a razão: tais inversões sugerem que se os personagens de uma ficção podem ser leitores ou espectadores, nós, seus leitores e espectadores, podemos ser fictícios.” Aos escritores do futuro, Cervantes legou algo mais importante: a lição de que, com a estrutura certa, tudo cabe no romance.

A Novela do Curioso Impertinente

Dentro da grande matrioska que é Dom Quixote, A Novela do Curioso Impertinente talvez seja a boneca com mais vida própria (em 1608, foi publicada de forma autónoma em França). A história aparece no capítulo XXXIII, lida por Pero Pérez, o padre da aldeia de Alonso Quijano. Em Florença, Anselmo e Lotario são conhecidos como “os dois amigos”. Não há amizade mais forte, bela e viril. Anselmo, o rico, descende de boas famílias e possui bastas riquezas materiais; não lhe faltam, pois, os bens de natureza e os bens de fortuna. Como se tanta bem-aventurança não fosse suficiente para atrair a tragédia, ainda casa com a bela, pura e recatada Camila. Tudo é perfeito na vida de Anselmo, menos a sua inquietação. Embora não duvide das qualidades da mulher, Anselmo está obcecado em pô-la à prova. Afinal, que valor tem a virtude se não é ameaçada pelas tentações? Confiado no amigo, Anselmo pede a Lotario que seduza Camila com jóias, poemas e promessas.

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A edição da D. Quixote para “Dom Quixote”, do ano passado

Lotario, prudente e sensato, aconselha-o a pôr de parte um tal plano que, se tudo correr bem, nenhuma glória lhe poderá acrescentar, e que, no caso de suceder o contrário do que Anselmo deseja, seria a ruína da honra de todos. Lotario desfila um cortejo de razões, com boa retórica e sã misoginia: Camila é comparada a um diamante e a um jardim, um objecto que deve ser cuidado e resguardado pelo dono. Sabendo da natureza imperfeita da mulher, da sua tendência ancestral para incorrer em falta, é dever do homem manter afastadas da senda da virtude eventuais pedras de tropeço que, pequenas que sejam, são sempre aumentadas pelo fraco espírito feminino. Porém, vendo que o amigo está decidido a avançar com o plano, Lotario acede aos seus desejos. Sem tentar qualquer aproximação, confirma a honestidade de Camila. Caso arrumado.

Porém, Anselmo desconfia e, por fim, descobre que o amigo o tem enganado e que não está a cumprir o prometido. Arranja maneira de os deixar a sós durante vários dias. O silêncio entre Lotario e Camila mantém-se, mas é nos olhares, mais do que nas palavras, que medra a cobiça e o inevitável acontece: “Rindiose Camila, Camila se rindió…” Não é Lotario que conquista, é Camila que se rende, que se entrega como quem desmaia de amor. É uma das mais belas frases de todo o livro que não tem escassez de frases belas. A conclusão da novela há-de ser trágica, mas interessa menos do que o princípio da história, a curiosidade impertinente de Anselmo, a húbris que desperta a fúria dos deuses.

Os moinhos de vento

De todas as imagens de D. Quixote, a mais universal será a do homem que luta contra os moinhos de vento. É o símbolo das causas perdidas ou quase impossíveis de concretizar, mas é também uma inspiração para sonhadores e idealistas, aqueles que se vêem como descendentes espirituais do cavaleiro manchego. Como acontece com todos os clássicos, os séculos e os múltiplos exegetas acrescentaram à cena um significado que parece não estar lá. A aventura acontece no capítulo VIII, na segunda saída de Dom Quixote com o seu escudeiro, Sancho, à procura de aventuras. A certa altura, deparam-se com trinta ou quarenta moinhos de vento. O cavaleiro diz-se com sorte porque vai poder enfrentar aqueles gigantes. Sancho não percebe:

“ – Que gigantes? – interrogou Sancho.

– Aqueles que além vês de braços desmesurados. Alguns medem quase duas léguas de comprido…

– Atente bem, Vossa Mercê. O que se descortina além fora não são gigantes, mas moinhos de vento. E o que parecem braços não são senão as velas que, sopradas pela aragem, fazem girar as mós.”

Indiferente aos avisos sensatos de Sancho, D. Quixote encomenda-se à sua senhora Dulcineia de Toboso, investe contra os moinhos de vento e acaba estatelado no chão, debaixo do seu cavalo, Rocinante. Sucedem-se outras desventuras com desfechos igualmente penosos: D. Quixote confunde rebanhos de ovelhas com exércitos inimigos e acaba alvo das pedradas certeiras dos pastores que lhe metem duas costelas para dentro e lhe fazem saltar três ou quatro queixais para fora. Nenhuma das outras ilusões nefastas que Cervantes inventou para o seu cavaleiro teve a permanência dos moinhos de vento.

De todas as imagens de D. Quixote, a mais universal será a do homem que luta contra os moinhos de vento. É o símbolo das causas perdidas ou quase impossíveis de concretizar, mas é também uma inspiração para sonhadores e idealistas.

Na imagem do cavaleiro perfilado contra os moinhos, Cervantes encontrou uma sugestão eterna, inventou um símbolo duradouro, acrescentou um fio único ao tecido dos mitos universais, como Homero fez com Aquiles, Dante com a sua laboriosa arquitectura infernal, Melville com a obsessão de Ahab pelo monstro branco ou Kafka com a metamorfose de um homem comum em insecto.

O discurso das armas e das letras

Miguel de Cervantes foi escritor e foi soldado. Na batalha de Lepanto, em 1571, contra os turcos, ficou com a mão esquerda estropiada. Estava em posição privilegiada para cotejar os méritos dos homens de letras com os méritos dos homens de armas. Por isso é muito tentador atribuir ao próprio autor as ideias que D. Quixote explana no célebre discurso das armas e das letras, no capítulo XXXVIII da primeira parte. Até porque, nesse momento, o pobre fidalgo surpreende a audiência com uma inesperada clareza de raciocínio e de exposição que as aventuras anteriores – em que vê gigantes onde estão moinhos de vento, confunde rebanhos de ovelhas com adversários e toma odres de vinho por inimigos encantados – não fariam supor.

Pela primeira vez, o leitor pergunta-se se a loucura de Quixote terá intervalos de lucidez ou se não serão esses intervalos de lucidez a prova definitiva da sua peculiar loucura. As suas palavras são as de um excêntrico, mas não as de um homem que perdeu o juízo. Vai expondo os seus argumentos com segurança socrática: defende a superioridade das armas sobre as letras humanas (o Direito) porque estas almejam estabelecer as leis e preservá-las e aquelas garantem aos homens o maior bem, que é a paz.

A tradução de Aquilino Ribeiro, numa edição da Bertrand

A tradução de Aquilino Ribeiro, numa edição da Bertrand

De seguida, compara o estudante com o soldado, ambos pobres diabos que sofrem duras penas, mas é forçado a concluir que, dos dois, é o soldado o mais valoroso porque o número do que perecem no campo de batalha supera em muito o daqueles que, sobrevivendo, obtêm paga idêntica à dos homens de letras, para os quais não faltam togas e “mangas” (que podemos traduzir por “luvas” no sentido de suborno). D. Quixote conclui o raciocínio lamentando que os tempos tenham mudado e que as novas armas e técnicas de combate retirem margem para a glória do indivíduo. Cervantes usa D. Quixote para filosofar e criticar a sociedade do seu tempo porque este goza da impunidade dos loucos. O lamento pelo fim de uma Idade de Ouro que nunca existiu é apenas um artifício para Cervantes deplorar o tempo em que lhe calhou viver.

A ilha de Barataria

No capítulo XLV da segunda parte de Dom Quixote, Sancho Pança tem finalmente a oportunidade de governar a ilha que o seu amo lhe prometera no início. A ilha de Barataria é outra ficção no interior da ficção. Neste caso, é uma criação dos misteriosos duques que aparecem na segunda parte e que, tendo lido a primeira e conhecendo as manias e comportamentos do amo e do seu escudeiro, se divertem a pregar-lhes partidas. São eles que lhe oferecem a ilha de Barataria, terra fértil e generosa, onde o camponês, bem desempenhadas as suas funções, poderá conquistar uma parcela do céu que, como bom cristão, tanto deseja.

Cervantes usa D. Quixote para filosofar e criticar a sociedade do seu tempo porque este goza da impunidade dos loucos. O lamento pelo fim de uma Idade de Ouro que nunca existiu é apenas um artifício para Cervantes deplorar o tempo em que lhe calhou viver.

Porém, Sancho aceita o cargo de governador não por querer ser mais do que é, mas para conhecer o sabor do poder, de governar. Em jeito de tirocínio, D. Quixote, qual Catão manchego, dá-lhe conselhos sobre os básicos fundamentos morais para a boa administração da ilha: que não se envergonhe das origens humildes, que eduque a mulher para que ela não o arruine, que ao julgar um inimigo se esqueça das injúrias antigas, que não sobrecarregue com palavras aquele a quem já condenou com uma pena, que corte as unhas e esteja sempre apresentável, que ande e fale devagar mas não tanto que revele afectação. Nesta passagem, o que surpreende uma vez mais é a clareza do pensamento do cavaleiro andante e a excelência dos conselhos que dá ao seu criado. A brincadeira dos duques cria uma realidade alternativa à qual D. Quixote adere empenhadamente. A ilha não existe, o cargo de governador tampouco, mas é como se existissem, exactamente como no contrato que se estabelece entre o leitor e a obra literária, entre o leitor e o romance de Cervantes ou qualquer outra obra de ficção.

O jogo de espelhos, de diferentes planos de realidade que coexistem, prossegue com Sancho Pança a revelar-se um governador justo e audaz, um Salomão que aos conselhos do amo junta a sabedoria popular e a intuição de quem passou a vida a sofrer injustiças. Mais do que isso, começa a usar palavras que nunca se lhe tinham ouvido e que a sua natureza rude não deixava adivinhar. O narrador atribui à influência do cargo a súbita transformação de Sancho de labrego em sábio governador. O que começa como um divertimento cruel dos duques acaba com estes expostos ao ridículo. Encerra também uma mensagem aos poderosos e uma crítica de Cervantes à nobreza espanhola daquela época: modéstia, bom senso e amor à justiça bastam para fazer do mais humilde dos homens um soberano capaz.

[A imagem que ilustra este artigo é “Dom Quixote e Sancho Pança”, pintura do dinamarquês Wilhelm Marstrand (1810-1873). Os excertos da obra foram retirados da tradução de Aquilino Ribeiro, publicada pela Bertrand, e da edição do IV centenário do Dom Quixote, editada pela Real Academia Española]

Bruno Vieira Amaral é crítico literário, tradutor e autor do romance “As Primeiras Coisas”, vencedor do prémio José Saramago em 2015

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